O DESABAFO DE UMA POETISA
 
Chego por vezes me perguntar
Do que o ser humano é feito
Diante do que está a observar
Que órgão bate em seu peito
Nota-se seu rápido caminhar.
 
Será que a rotina o corrompeu?
Ou pelo progresso foi robotizado?
Deixou de ser sensibilizado,
De se comover pelo mais necessitado.
 
Pelo amigo ao seu lado
De valorizar a família
Deixou seu valor abandonado
Deixou-se perder a sua alegria
Para banalizar-se no dia-a-dia
 
Sei que algumas pessoas ainda existem
Que ainda com essas coisas se comovem
São pessoas que ainda resistem
Que fazem alguma coisa, se movem...
E seus corações ainda batem...
 
Valorizam o sorriso do bom dia
O abraço do amigo
O valor que tem a família
Que tudo isto faz a alegria estar consigo
Que o faz caminhar com o mundo em sintonia.
 
Sei que muitas destas perguntas
Que trago comigo
São inquietações oriundas
Mas sei que muitos concordam com que digo
Pois minha alma de poetisa, fantasiosa.
Deseja para o mundo esta fantasia valiosa.


 
Desabafo de uma poetisa cansada do que vê a sua volta e que acredita que se colocassem um pouquinho de poesia em suas vidas, em seus corações. Talvez enxergassem o que seus olhos céticos não podem ver...
E assim acordariam para um novo olhar...

Com carinho, este meu cordel se encerra ...Regina Guerra.
                    Bejos nos corações de todos.