Indiferença

Ando furtivo e solto

Sob o sol da liberdade

Esperando ser verdade

Que os tempos irão mudar

Os tempos mudam

Só não muda a consciência

De quem com indiferença

Se recusa a enxergar.

Que o futuro

Da natureza depende

Se o homem não a defende

Onde nós vamos chegar?

Rios de areia

As lagoas ressequidas

A juventude perdida

Que rumo irá tomar?

O pássaro voa

Na volta não encontra o ninho

O homem plantou espinho

E a colheta vai chegar

A natureza

Cobra um preço muito alto

O homem toma de assalto

O que depois vai lhe faltar.

Ainda é tempo

De parar com essa demência

De se agir com conscência

E no futuro pensar

Nós também somos

Produtos da natureza

É um ato de nobreza

Conviver e preservar.