OS TRÊS PORQUINHOS ADAPATAÇÃO EM CORDEL

Os Três Porquinhos

Em cordel irei fazer

Uma adaptação

De uma história famosa

Em toda a nossa nação

Peço inspiração a Deus

E começo a narração.

Vou narrar uma historinha

Famosa em nosso Brasil

Que eu quero rasgar fronteiras

Com o cordel infantil

Falando de três porquinhos

E um lobo malvado e vil.

No tempo que os animais

Falavam como pessoas

Existiam três porquinhos

Que conversavam por loas

Parecendo três crianças

Civilizadas e boas.

Viviam despreocupados

Com a mãezinha querida

Uma ótima cozinheira

Que cuidava da guarida

E pela a vida dos filhos

Dava a sua própria vida.

Dois desses porquinhos eram

Preguiçosos por demais

E o terceiro sofria

Vendo os seus irmãos banais

Fazendo a sua mãezinha

Sofrer e perder a paz.

E a mamãe um certo dia

Chamou os seus três filhinhos

Conversou dizendo assim:

- Vocês estão crescidinhos

Para serem responsáveis

É bom morarem sozinhos.

A mamãe preparou logo

Um lanche bem reforçado

E das suas economias

Cada um teve um bocado

Que dava perfeitamente

Pra construir um sobrado.

Cada um tinha um pouquinho

De grana para gastar

Comprando o material

Pra construírem um lar

E mãe desejou a eles

Felicidades sem par.

Partiram pela floresta

Deixando a mamãe querida

Cada um tinha uma idéia

Para o progresso da vida

Procuravam um lugar

Para essa tal guarida.

E enquanto estavam na busca

Do sossegado lugar

No caminho começaram

Um com outro discordar

Sobre os materiais

Para a construção do lar.

E o porquinho mais novo

Deu inicio a tal batalha

E disse assim para os outros:

- Esse meu plano não falha

Vou fazer minha casinha

Com um montante de palha.

- Pois assim sobra dinheiro

Pra noutra coisa empregar

Eu faço a casa de palhas

Depois de pronto o meu lar

Ainda fica dinheiro

Pra eu curtir e gastar.

O mais velho disse assim:

- Irmão deixe de loucura

Pois uma casa de palhas

Não me parece segura

Pois qualquer vento que der

Abala a sua estrutura.

E o porquinho do meio

Também deu o seu palpite:

- Vou construir de madeira

Minha casinha de elite

Com quarto, sala, cozinha,

Com varanda e com suíte.

É pratica e mais resistente

E depois da construção

Eu vou ter tempo de sobra

Pra brincar com meu irmão

E ainda sobra dinheiro

Para alguma precisão.

E o mais velho retrucou:

- Mano deixe de fraqueza

Como você se protege

De chuva, vento e frieza?

E se aparecer um lobo

Qual será sua defesa?

- Lobo eu nunca vi aqui

Não me venha com besteira

Chuva não vai me molhar

Na casinha de madeira

E quando vier o frio

Eu ascendo uma fogueira.

Para o porquinho mais velho

O mais novo assim falou:

- Vamos brincar mais agente?

Mas o mesmo respostou:

- Quando eu terminar a casa

Pode ser que ainda vou.

- Vou fazer minha casinha

Forte e bem resistente

Toda feita de tijolos

Com janela e com batente

Pra me proteger da chuva,

De frio e calor ardente.

O mais velho sempre sábio

Gostava de trabalhar

Por isso se garantiu

Na construção do seu lar

Enquanto os dois preguiçosos

Queriam o tempo poupar.

- Não vou enfrentar perigo

Disse o do meio contente

Depois da casinha pronta

Tô seguro sertamente

Por isso não vou fazer

Uma casa resistente.

Cada porquinho escolheu

Na floresta um lugarzinho

Num local apropriado

Construiram bem pertinho

Falando noutras palavras

Um do outro era vizinho.

E o porquinho mais novo

Sua casa projetou

Comprou um monte de palhas

E a construção começou

Dentro de poucos minutos

Sua casa terminou.

Ja estava descansando

Quando o irmão do meio

Terminou a de madeira

E logo sem ter receio

Foi a casa do mais novo

Que ao seu encontro veio.

E do meio lhe falou:

- Venha ver minha casinha

Toda feita de madeira

Compensado, ripa e linha,

E o mais novo foi ver

Sua casa arrumadinha.

Ainda era bem cedo

Quando os dois iam passando

Para a casa do mais velho

Que estava trabalhando

Mexendo areia e cimento

E a casinha levantando.

Disse os irmãos mais novos

Com irônica liberdade:

- Ainda não acabou?

- Não esta nem na metade?

- Nos iremos almoçar

E brincar mesmo avontade.

O mais velho nem ligou

Foram em vão os comentários

Cresceu mais os seus esforços

Porque era necessário

Enfrentar sua labuta

No seu trabalho diário.

Com três dias terminou

Toda a sua construção

A casinha estava linda

Parecendo uma mansão

E as paredes resistiam

Até mesmo um furacão.

Os dias foram passando

E um lobo muito esperto

Via todo o movimento

E o malícioso alerto

Percebeu que os três porquinhos

Moravam ali por perto.

E o lobo esfomiado

Sente a barriga roncar

Pensou matar os porquinhos

Pra depois se alimentar

E matar aquela fome

Que estava a lhe perturbar.

Aquele lobo com fome

Planejou uma batalha

Queria matar a fome

Para não ver a mortalha

Foi então bater na porta

Da tal casinha de palha.

Mas o porquinho mais novo

Da sua janela olhou,

Começou tremer de medo

Quando assim se deparou

Com o lobo esfomiado

Que em alta voz falou:

- Abra logo esta porta

Que o meu desejo é entrar

E o porquinho com medo

Tentando o intimidar

- Eu só vou abrir a porta

Se o papai leão chegar.

E o lobo gargalhando

Falou assim: - Amiguinho,

Não queira me intimidar

Pois não és um leãozinho

Pois como é que um leão

Pode ser pai de um porquinho?

- Abrar logo a sua porta

Disse o lobo pra assustar

- Se não eu abro ela a força

Vou soprar e vou soprar

E concerteza a casinha

Pelos ares vai voar.

E o porquinho calado

Ficou nessa resistência

Pensando estar bem seguro

Na fraquinha residência

Mas quando o lobo soprou

A casa foi a falência.

E o mais novo saiu

Veloz em louca carreira

Para a casa do irmão

Da casinha de madeira

Que estava na varanda

Sentado numa cadeira.

E foi dizendo ao irmão

Numa voz rouca e sem paz:

- Me ajude, eu quero abrigo,

Não aguento correr mais

Abra a porta que o lobo

Vem correndo ai atrás.

Os dois entraram na casa

Com a esperança morta

Quando o lobo foi chegando

Naquela casinha torta

Não esperou um minuto

Já foi batendo na porta.

- Porquinhos abram a porta

Disse o lobo usurpador

E os porquinhos com medo

Responderam: - Não senhor

Vá embora não abrimos

Para quem é malfeitor.

O lobo logo falou:

- Isso não vai me empatar

Tenho força nos pulmões

Vou soprar e vou soprar

E a casinha de madeira

Pelos ares vai voar.

E o tal lobo furioso

Deu um sopro muito forte

Com a força do furacão

Do vento negro da morte

Que a casinha de madeira

Vôou pras bandas do norte.

E os dois ligeiramente

Para legítima defesa

Foram a casa do irmão

Pois tinham uma certeza

Que a casa de tijolos

Seria a fortaleza.

E lá pediram ajuda

Pois o horrendo perigo

Já vinha se aproximando

Pra botá-los em castigo

E o mais velho falou:

- Deixem o lobo comigo!

E o lobo logo chegou

Tentando atormentá-los:

- Deixem-me entrar nesta casa?

Para eu cumprimentá-los

- Pode esperar sentado

Que estamos sem abalos.

Logo apos disse o tal lobo:

- Se preparem pra correrem

Que eu agora sou soprar

Para ver vocês sofrerem

E depois nas minhas unhas

Vocês três assim morrerem.

O lobo encheu o pulmões

Soprou, soprou que sofreu,

Depois soprou novamente

Avermelhou e tremeu,

Mas com aquela casinha

Nada nada aconteceu.

O lobo então resolveu

Pra sua toca voltar

Por estar muito cansado

Preferiu ir descansar

Para assim no outro dia

Noutra astúcia trabalhar.

No outro dia bem cedo

Este lobo malfeitor

Foi à casa dos porquinhos

Num disfarce tentador

Para enganar os três

Fingiu ser um vendedor.

- Quem quer comprar frutas frescas?

Gritava se aproximando

Os dois mais novos pensavam

Que um vendedor passando

Estava vendendo frutas

Na floresta propagando.

Ja iam abrir a porta

Para comparem as frutas

Mas o porquinho mais velho

Com idéias mais argutas

Tomou a frente dos dois

Enfrentando grandes lutas.

E disse para os irmãos:

- Isso daí é suspeito

Nunca passou vendedor

Vendendo aqui deste jeito

Esse ai, eu sei que é

O lobo mal satisfeito.

O lobo insistiu dizendo:

- Vim vender frutas fresquinhas,

- Não senhor muito obrigado

Já temos mangas e pinhas

E sabemos que és lobo

Derrubador de casinhas.

O lobo ainda insistiu

Com a voz entrecortada:

- Eu só vim vender maçãs

Seguindo a minha jornada

Peguem essas de presente

Não presizam pagar nada.

- Mas nos não queremos frutas

Muito obrigado senhor

E o lobo se revelou

Com um jeito assustador

E os porquinhos descobriram

Esse falso vendedor.

Depois ouviram do teto

Umas pisadas de pé

Viram que aquele lobo

Com um aspecto ralé

Queria assombrar os três

Descendo na chaminé.

Logo o porquinho mais velho

Depressa em grande carreira

Aumentou o fogaréu

Daquela simples lareira

Que estava cozinhando

Uma sopa de primeira.

Quando pela chaminé

Veio o malvado descendo

Pela chaminé escura

Desceu ele sem ta vendo

Que estava caindo dentro

De um caldeirão fervendo.

Uivou o lobo de dor

E saiu rapidamente

Em carreira desmedida

Louco igual um demente

E assim saiu berrando

Pela portinha da frente.

Daquele dia em diante

Sem precisar empecilhos

Decidiram viverem juntos

Andando nos mesmos trilhos

E até a mãe com saudades

Foi lá visitar seus filhos

Ficaram todos unidos

Filhos e mamãe querida

Morando na união

Nesta pequena guarida

Ficando uma lição

Para o progresso da vida.

08/08/2011 Rafael Neto

Rafael Neto (Poeta de Cristo Neto)
Enviado por Rafael Neto (Poeta de Cristo Neto) em 08/08/2011
Código do texto: T3148065
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