Mulher com (m) minúsculo * Autor: Damião Metamorfose.

*

Se eu pudesse, os meus Cordéis

Eram sempre os mais bonitos.

Mas nem tudo nessa vida,

É conto de fada ou mitos.

Nem os benditos estão livres

Que os chamem de malditos!

*

Sei que vai gerar conflitos,

Que alguém pode discordar.

Pois o assunto é polêmico,

Podem até me criticar.

-Como nem tudo são flores,

É o jeito eu me arriscar!

*

Pois eu pretendo abordar

Um assunto delicado.

Que pra muitos é um tabu

Raramente comentado.

-Bom ou ruim vai ser o jeito,

Mesmo eu sendo criticado.

*

Do analfabeto ao letrado

E o mais que tiver na mira.

Ela arranca o dinheiro

De onde ninguém mais tira.

Quem já se envolveu com uma,

Confirma não ser mentira!

*

Seja urbana ou “caipira”

Quando investe é um perigo.

Ela se veste e se pinta,

Mostra dos pés ao umbigo...

Deixa o abestado vesgo

Dizendo: eu vou e nem ligo!

*

Mulher minúscula é um perigo,

Lesa qualquer um perito.

Promete mundos e fundos,

Mas só tem mesmo o cambito.

E o besta pega o que tem

Dá e diz: eu acredito!

*

Tanto faz feio ou bonito…

Ela o chama de gostoso.

Mede-o de baixo pra cima,

Se não for diz: que é medroso.

Apalpa e beija na face

E o convida para o gozo.

*

O homem fica fogoso,

Acha que tem malandragem.

Cai pra cima todo afoito,

Só pensando em vadiagem...

E ela só pensando como

Consegue levar vantagem!

*

Os da primeira viagem

Vão pensando em se dar bem.

Primeiro ela promete

Fazer bem como ninguém.

Depois que pega o que quer,

Do trouxa ela faz desdém!

*

Leva tudo o que ele tem,

Depois diz que vai embora.

E o cabra abre o bocão,

Igual um menino e chora.

A essa altura a santinha,

Não o conhece e ignora!

*

Ela não diz onde mora,

Nem conta se tem parente.

Quando anda pelas ruas

Tem um olhar de carente.

Do tipo: moçinha tímida,

Procurando um pretendente.

*

A que é inteligente

Cobra por sim e por não...

E o homem paga depois,

Da sua destruição.

E se não pagar acaba

De férias numa prisão!

*

Talão de cheques, cartão,

Se tiver grana, ela o chama.

Contorce-se, joga um charme,

Pisca o olho, faz um drama.

Seu escritório é a rua,

Trabalho duro é na cama!

*

Põe o seu nome na lama,

Deitando com vagabundo.

Não pensa nas consequências,

pois se pensasse um segundo.

Não tinham tantas doenças

Venéreas assim no mundo!

*

Se associa a um vagabundo,

Pra fazer a transação.

Chama-o de meu empresário,

Mas é só um cafetão,

Para fazer a segurança

Na hora do ganha pão!

*

Fica bela feito o cão!

Para depois dá o bote.

Arruma uma gravidez,

Com um coroa ou frangote.

Pari um e acha bom,

Logo já tem um magote...

*

Quando fica igual um pote

Deixa a “nobre” atividade.

Depois que pari, ela diz:

Que é da roça e na verdade

Recebe um gordo salário

De auxilio maternidade!

*

Diz: que não faz por maldade,

Faz por falta de opção.

Se é verdade ou mentira

Sei que essa filha do cão!

Leva o que tem na carteira,

Talão de cheque e cartão...

*

Pior que o pior ladrão,

Quando parte pro ataque.

Mestre na arte de amar

E na de enganar, é craque.

Usa de toda a artimanha

Só para ver o seu baque!

*

Mas sempre teve destaque

Na História da humanidade.

Porque tira um rei do trono,

Sem fazer atrocidade.

Ela vai do lixo ao luxo,

Na maior facilidade.

*

Não falei nem a metade,

Sobre essa vil desordeira.

Que veio tão nobre ao mundo

E optou por trambiqueira.

Trocando uma missão nobre,

Pela fama passageira!

*

Perdoe-me a verdadeira

Mulher que eu tanto respeito.

A que tem (M) maiúsculo

Moralmente e tem conceito.

Para moldar a História

Da humanidade ao seu jeito!

*

D-espeço-me e aceito

A crítica do leitor

M-ulher com (m) minúsculo

I-nfelizmente é um teor.

A-lvo de ser rotulado,

O-fensivo e opressor...

*

Fim.

Damião Metamorfose
Enviado por Damião Metamorfose em 03/08/2011
Reeditado em 03/08/2011
Código do texto: T3137441
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