DEVANEIOS NA ESCURIDÃO
A lua estava ausente
No céu estrelas bailavam
Pela fresta da janela
Eu vi quando caía
Uma estrela cadente
No rastro de sua magia
Juro... Ter visto o rosto dela
Fui ao terreiro desesperado
Na esperança de reencontrá-la
Bem longe lá no cerrado
Pareciam ser um adeus
Aqueles compassados gritos
Fui fui fui fui...fui fui fui
Eram do nojento papa mosquitos
Frustrando os sonhos meus
Voltei para o meu leito
Esperanndo com ela sonhar
Entediado não tive jeito
Não consegui nem madornar
Tentei manter a calma
Abri a gaveta da mente
Arquivada dentro da alma
Encontrei lembrança somente
Restou-me apenas o devaneio
Retornei ao distante passado
Á aqueles doces momentos
Muitas vezes eu ao teu lado
A contemplar o luar de prata
Que beijava monte e prados
E o sereno nas folhas da mata
Em teus olhos vi as juras amor
Que eu imaginava eternizá-las
Mas, se perderam como pétalas de flor
No vento a desintegrá-las
Restou-me apenas recordação
Resíduos de uma doce fantasia
Momentos de pura ilusão
A Perpetuar minha nostalgia
Nas entranhas do coração
Até hoje não sei o porquê
O que levou-nos a separar
E ao despedir-me de você
Duas lágrimas eu vi rolar
Como pérolas de cristal
Espelhavam o teu sentimento
As estrelas e a cadencia do luar
Testemunharam o triste momento.
Hoje amargo esta lembrança
Desejo-lhe paz e felicidade
Sepultei a minha esperança
Rogo a Deus iluminar teus passos
Enquanto rumino minha saudade!!!!!!