BOIADEIRO DO MEU SERTÃO.

Seu moço escuita ao longe

O tilintar dum chocaio

Um aboio triste sofrido

Do vaqueiro tangendo o gado

Por esse sertão afora

Deixando tudo de lado.

No berrante ele alivia

A grande dor da saudade

quando deixa para trás

O seu amor de verdade

Pra sair nesse mundão

Do nascer ao sol da tarde.

É assim que o boiadeiro

Vai levando sua vida

Lutando todos o dias

Sem tréguas e sem guarida

Deixa pai e deixa mãe

E sua esposa querida.

E lá vai tocando o gado

Por esse vasto sertão

Sobe serra desce rio

Sem saber se volta ou não

Vender o gado de corte

Pra enricar o patrão.

Marlene Araújo A POETISA
Enviado por Marlene Araújo A POETISA em 26/07/2011
Código do texto: T3120909
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.