AO MEU AMIGO POETA VANGE (Minha saudação ao povo nordestino)
Ao meu amigo Poeta Vange
(Minha saudação ao povo nordestino)
Quem canta de graça é galo,
cangalha só pra cavalo
e seca só no Sertão.
Esmola demais o santo
estranha, sacode o manto,
dispensa a sua oração.
Você canta, eu assobio,
só hoje o seu desafio,
eu entendi, meu irmão.
Dê mais milho para o galo
e capim fresco ao cavalo,
ta chovendo no Sertão.
Rei da canção é o Roberto,
mas tudo o que grava, é certo,
tem cópia no calçadão.
Assim não dá, eu desisto,
valei-me meu Jesus Cristo,
vou-me embora pro Sertão.
Lá tem gente mais honesta,
quando chove é sempre festa,
no peito a satisfação.
Pego logo a minha enxada
e aquela terra rachada
vira extensa plantação.
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CONVITE DO MEU IRMÃO CANTADOR VANGE
Certo dia ensolarado
eu recebi um recado
que veio lá do Sertão.
Era o convite, um regalo,
pra saborear um galo
com o Vange, meu irmão.
Gilson Faustino Maia
Teu assobio afinado
deixou meu canto emudado
confesso, me faltou chão.
Quando eu entrei no Recanto
juro que foi um espanto
esta sua saudação.
Eu só estava brincando
e nunca desafiando
o meu amigo Gilsão.
A culpa toda é do galo
e d’um maldito cavalo
roceiro, magro e trotão.
Como você vê na foto,
agora aqui só dá moto,
cavalo ta em extinção.
Ninguém quer ser mais vaqueiro,
ta cheio de motoqueiro
nos carreiros do Sertão.
Me sinto lisongeado
por ser homenageado
por meu amigo Gilsão.
Nunca o vi pessoalmente,
mas quem sabe um dia a gente
tenha um aperto de mão.
Se um dia resolver,
passeando, percorrer
o meu querido Sertão,
passa aqui na minha casa
pra gente botar na brasa
o galo da confusão.
Vange
Obrigado, amigo, pela interação.
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Outro grande nordestino ( MIGUEL JACÓ), marcou a sua presença.
Obrigado, amigo, pela participação.
Eu sou filho do sertão,
conheço o solo rachado,
calejei as minhas mãos,
tive o suor derramado
e migrei para o sudeste
onde estou acostumado.
Miguel Jacó