O Cangaceiro
Não me venhas com frescura
de fazer este poema,
pois me botas num dilema
de fazer xilogravura.
Sou um temido cangaceiro!
Sou mesmo cabra-da-peste!
Nem pense, nem proteste,
ou vai virar serviço pro coveiro!
Meu cavalo cor-de-terra
nunca me desapontou!
Nunca nem escorregou
quando fui descer a serra.
Indo então eu vou agora
pra tu ter o teu sossego
Pois sempre assim que chego
uma alma levo embora!