DESABAFO

DESABAFO

Tem o mundo tal beleza

Que nem posso acreditar.

Belo o céu, mas, com certeza,

lindo mesmo? Aquele olhar.

Tinha tal magnetismo

que produzia o lirismo

que existe no meu cantar.

Guardo na minha lembrança

seu porte de imperatriz.

Dos seus cabelos, a dança,

e o vento pedindo bis.

Também não sai da memória,

é lembrança obrigatória,

a ginga dos seus quadris.

À noite à beira do cais,

debaixo da amendoeira,

não esquecerei jamais

da lua vindo faceira

deitando o brilho no mar...

Eu ali, só, a pensar

nos conflitos sociais.

O que foi feito do sonho?

O que foi feito do amor?

Morreu o sonho, eu tristonho,

num mundo atormentador.

Porém esse amor não morre,

a poesia o socorre,

meus versos terão valor.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 17/07/2011
Código do texto: T3101094
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