A Morte !
A Morte !
Se a morte supera a vida
Daquela, a vida é refém
Quando chega decidida
Nem a medicina a detém
A morte á a chave da vida
Nela assaz, tudo encerra
Da inexorável partida
Ficam os destroços na terra
A sua implacável foice
Deixa-nos apavorados
É um verdadeiro coice
Que nos deixa estertorados
Ao último respiro de alento
Tu, nos levas em teus braços
Não nos dás mais um momento
Tolhes de vez nossos passos
Sem compaixão arrebatas
Como ave de rapina .
- Nossos amados destratas
Ao levar-nos na surdina
Lentamente, um a um
Tu, vais vencendo a vida
Sem preconceito algum
Dás-lhe a mesma acolhida
Pobre, rico, jovem ou velho
Não existe distinção
Quando te dá no bedelho
Levas-lhe a extrema-unção
Tua Ousadia prepotente
Traz angústia e amargura
Nem perguntas se consente
Ser levado à sepultura
Sem dó, sem piedade
Com teu manto inclemente
Segues matando à vontade
E julgas-te.... inocente !
Porém, tu, só dás o fim
À nossa matéria corpórea
Que guarda alfaias* sem-fim
Dentro da nossa memória
A alma, segue seu rumo
Caminho à eternidade
Nem tudo é teu consumo
Nessa tua veleidade !
Tu, és finalmente o porte
Que nos leva ao firmamento
Por isso te amo, ó morte !
Mas demora, meu transporte.
Porangaba, 13/07/2011
Armando A. C. Garcia
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