Tudo eu sei... Autor: Damião Metamorfose.
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Mote do poeta Sebastião Cirilo.
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Eu tirei a ré das cobras,
Pra não andarem pra traz.
E as ensinei como faz
Rodilha e outras manobras.
Botei venenos de sobras,
Bem pior do que morfina.
Mas não as fiz assassina,
Defendem-se com os dentes,
Se é pra falar de serpentes,
Tudo eu sei, ninguém me ensina!
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Eu já comi mungunzá,
Maniçoba e macambira,
Piaba, pacu, traíra,
Tatu e tamanduá,
Teiú, cutia e preá,
Aves, até de rapina.
Como até naftalina,
Coisa que você não come.
Se é pra não morrer de fome,
Tudo eu sei, ninguém me ensina!
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Se o assunto é namorar,
Namorei loiras, morenas,
Altas, medias e pequenas,
Bonita, feia e sem par.
Fiz todas se apaixonar,
O meu olhar contamina.
Mais que eu ninguém domina
A arte da sacanagem.
Se o assunto é pabulagem.
Tudo eu sei, ninguém me ensina!
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Eu já joguei em bodegas,
Igrejas e cemitérios,
Hospitais e necrotérios,
Restaurantes e adegas...
Tentei a sorte e Las Vegas,
Me envolvi com uma grã-fina
Que arrumou minha sina
Depois me deixou quebrado.
Se o assunto é carteado,
Tudo eu sei, ninguém me ensina!