CORDEL AOS UNIVERSITÁRIOS
Dizem que universitário
Num estuda nada não
Só fazem os pais de otário
Só vivem de enrolação
Nesse cordel istão defendido
Pois já é mais que merecido
O respeito reconhecido
Por toda a população.
Todos tem que arrepará
De onde vem os dotô
Já pararam pra pensá
Quão seria o horrô
Se num houvesse medicina
Cuma ia ser a sina
Dos doente nas isquina
Sofrendo cum tanta dô.
É das universidades
Que sai os veterinários
Da fazenda ou na cidade
Eles cuidam dos berçários
Dos bicho de tudo tipo
Seja de pobre ou de rico
Tenha dente ou tenha bico
De doutô ou de operários.
Pra fazê cumida boa
Tem curso de gastronomia
Si tu si machuca atoa
Tem a fisioterapia
Si tu for pro chilindró
Devogado dá uns nó
E tu num vai ficá só
Preso na delegacia.
Pra ajudá os pecuarista
E também povo da roça
Tem o zootecnista
De voz fina e voz grossa
Cada minina bunita
Pra armuça leva marmita
Pra pudê tá bem fita
Se pegá DP engrossa.
Pra mexe cum seu dinheiro
Prucê num fazê besteira
Tem contador e banqueiro
E anté memo na feira
Pra vendê aquéis verdura
Pra mandioca num sê dura
Tem tecno in agricultura
Trabaiano sem canseira.
São tantas as profissão
Que sai lá da facurdade
Já deu pra tê uma noção
Das nossa necessidade
Dos queridos estudante
Com seus livros nas estante
Com frio ou sol escaldante
Pra nos trazê prosperidade.
Pode joga sim um truquinho
Por que ninguém é de ferro
Tomá só um bucadinho
Si num tem cigarro eu serro
Mais sempre com muito juízo
Que na hora de ranca ciso
Dotô num pode sê indeciso
Do paciente vai ouvi berro.
E assim eu me dispido
Dos amigo universitário
Dizendo que só trabaio
É qui pode miorá
Nunca deixe de lutá
Seja sempre bem aplicado
A bagunça põe de lado
E estamos entendido.