Cordel cangaceiro
Meu verso foi lume aceso
Mel de cana na cabaça
Já foi água de beber
Mais vinho do que cachaça.
Meu verso já foi o carinho
Que me faltou na solidão
Foi canção de passarinho
Se espalhando na amplidão.
Podia inté agradar as moça
Conforme a inspiração
Mas seu tino agora é outro
Outra é sua vocação.
É trazer cabra no pescoço
E joga-lo contra o chão
E fazê-lo morder o osso
Que arranquei das mãos do cão!
***