ELA LEVOU E DEIXOU
Quando ela foi-se embora
levou-me o claro do dia,
a calma da minha noite
e toda a minha alegria.
Deixou aqui: solidão
e um fardo de paixão
sobre uma cama vazia.
Deixou-me um nó na garganta,
uma vontade de chorar,
uma banda de uma foto,
que fez questão de rasgar.
Levou a minha hombridade,
também a felicidade
que morava em nosso lar.
Partindo ela deixou,
comigo aqui somente,
um corpo enfraquecido
por um coração doente,
de passar tanta tristeza
e levou toda a beleza
que tinha a vida da gente.
Ela levou sem pedir
a minha diginidade,
levou também os sonhos
que eu sonhei sem maldade,
pensando em nosso futuro
e deixou-me só o escuro
de uma prisão de saudade.