A SAGA DE UM MATUTO

O futuro a Deus pertence

Meu amigo pode crê

Como pode um matutinho

Comércio desenvolver,

Ao ponto de prosperar

E uma rede alimentar

Promovendo o bem querer?

Ele nasceu pro comércio

E a arte de negociar

Sabia comprar e vender

De um jeito popular,

E na parte do perde e ganha

Ele conhecia a manha

Para perder e ganhar.

Quando o cliente chegava

De um jeito encabulado,

Ele dizia uma prosa

Descontraindo o danado,

E o sujeito sorrindo

Já começava pedindo

Aquele vale somado.

Fazia uma nova compra

E prosseguia animado

Pra fornecer a moçada

Que trabalha no roçado

E assim ia vivendo

E o comércio crescendo

De um jeito acelerado.

Falo de Dimas Rodrigues

Homem de muito valor

Desenvolveu o comércio

E muita gente ajudou,

Trabalhou em prol da cidade

E praticou caridade

Com muita fé e amor.

Ajudava o comerciante

E também o agricultor

Sempre com muita alegria,

Trabalho e bom humor

E todo mundo gostava

Das prosas que ele tirava

Nunca nimguém reclamou.

Não tinha pobre nem rico

Pra ele era tudo igual

Nunca falou de ninguém,

Seja de bem ou de mal

Era um cidadão decente

Sabia tratar a gente

De um jeito especial.

Pois quem recorria à ele

Sem saber o que fazer

A solução ele tinha,

Para ajudar você

E quando ficava acertado

Recordava que no passado

Já foi igual a você.

Sua fortuna descende

De um trabalho distante

Quando esteve em São Paulo

Antes de ser comerciante,

Um dedo ele cortou

A firma lhe indenizou

E foi seguindo a diante.

Com o trabalho que fez

No comércio e no campo

Pra todos gerava emprego,

Ninguém ficava sem trampo

Foi assim por toda vida

Esta cidade querida

Pra sempre foi seu encanto.

Era a favor do trabalho

Dentro e fora do Estado

Quem viajava pra fora

Pedia a ele emprestado,

Não exigia fiança

Na base da confiança

Era um negócio arriscado.

Naquele tempo a palavra

Valia mais que dinheiro

Não precisava papel

Nem o aval de um terceiro,

O nome prevalecia

Quem na cidade vivia

E não tivesse dinheiro.

Era um homem muito esperto

Considerado sagaz

Igual a Dimas Rodrigues

Não aparece jamais,

Tirava do cego e dava ao aleijado

Com tanto que dos dois lados

Prevalecesse a paz.

Do primeiro casamento

Seis filhos ele gerou

Treinava para o comércio

Filho que não estudou,

Mandou um pra capital

Pois necessitava afinal

De um grande contador.

Restaram as três mulheres

Com um futuro promissor

Morando na capital

Por conta do genitor,

Com o objetivo de estudar

Para orgulho oa pai dar

Justificando o labor.

De todo investimento

Que ele implementou

Trabalhando no comércio

Só um filho ele formou,

Desse ele tinha orgulho

Não praticou o esbulho

E o patrimônio aumentou.

Sempre na linha de frente

Usando o conhecimento

Tentando justificar

Aquele investimento,

Que nele o seu pai fez

Trabalhando mês a mês

Com muito contentamento.

Esse era Chico Dimas

O primogênito dos seis

Na companhia do pai

A proteção ele fez,

Diretor do patrimônio

Realizando um sonho

E se realizando talvez.

Um dia Dimas Rodrigues

O matuto conhecido

Dava sinal de cansaço

Pelo trabalho exercido,

Se afastando do balcão

Causando preocupação

E o povo entristecido.

Era um sinal de alerta

Para um homem guerreiro

Que trabalhou na infância

Lutando o tempo inteiro,

Construiu uma cidade

Praticando caridade

Como um cristão verdadeiro.

O que Deus determinou

Dimas Rodrigues cumpriu

E pra junto do criador

Se despedindo partiu,

Deixando eterna saudade

Pro povo desta cidade

Que com orgulho serviu.

A cidade ficou de luto

Mansenhor Tabosa chorou

A partida do filho amado

Que o trabalho consagrou,

A caminho do campo santo

Uma enchente de pranto

Que o povo derramou.

Na rua que trabalhava

Ali hoje tem o seu nome,

Mas o povo que nela passa

Nunca esqueceu do homem,

Trouxe bastante progresso

Igual a ele eu confesso

Não há ninguém com renome.

Findei mais este trabalho

De verso e de poesia

E desta feita eu confesso:

Foi a primeira elegia

Que fiz pra homenagear

E sua hitória contar

Em forma de poesia.

Edson Almeida
Enviado por Edson Almeida em 19/06/2011
Código do texto: T3043777