O VIOLONISTA DO MUCURIPE

Numa tarde de verão

De arvores tendo o sombrio

Com um clima tão sadio

Encontrei um cidadão

Sentado no calçadão

Da avenida beira mar

Começando a conversar

É elétrica a sua mão

Para tocar violão

Tira em primeiro lugar

Me falou sobre a beleza

Que tem neste litoral

Que é sua terra Natal

A cidade de Fortaleza

Do Nordeste a Princesa

Chamada a noiva do Sol

No porto tem um Farol

De Navios se vê frotas

Me mostrou as gaivotas

Voando no arrebol

Sendo ele um pescador

Que muito tem trabalhado

Toda tarde estar sentado

Para acalmar o calor

Olhando o barco a vapor

Chegando do Ocidente

Tornou-se amigo da gente

Volta quando o sol se some

Quando procurei seu nome

Ele me disse é Vicente

Me falou que tem orgulho

De ter uma missão cumprida

Tão brilhante é sua vida

Nunca procurou barulho

Nascido no mês de julho

Já é um sexagenário

Sempre faz um comentário

Que não gosta de quizilia

Reune toda a família

Quando faz ANIVERSÁRIO

Estar na terceira idade

Por isso é aposentado

Com seu violão de lado

Faz o que tem bem vontade

Constituindo amizade

Nunca se encontra só

Sempre gosta de um forró

Um lugar de muita gente

Principalmente em frente

O Riacho Maceió

Muita gente reunida

Tem um sinal de alegria

Na semana tem um dia

Cada um que se decida

Numa data bem servida

Só de gente hospitaleira

Vicente Queirós Pereira

Tira a roupa do baú

Vai pra o Bairro Papicu

Em dias de quarta feira

Do sesc tem um contingente

De mulheres com certeza

Levadas pela empresa

Que é muito competente

Num bairro bem excelente

Um formidável salão

Tirando da solidão

Quem estar entristecido

Pra quem tiver reunido

Sente amor no coração

É quando o violonista

Com a garganta de ouro

Não usa chapéu de couro

Mais pode numa entrevista

Passar como grande artista

Devido a camaradagem

Enfrenta qualquer viagem

Leva muita paz consigo

Como ele é meu amigo

Faço esta homenagem

FUNERARIO PAZ ETERNA

Tenho um pensamento firme

Desde a minha mocidade

De ser um contribuinte

Pois sempre tive vontade

Pagar para ter direito

Em qualquer sociedade

Chegando a minha velhice

Já um setuagenário

De pagar tenho prazer

Não é conto de vigário

Uma pequena importância

Que tiro do meu salário

Por ter um provérbio antigo

Nunca sairá do mapa

Ficou na minha memória

Como estou nesta etapa

Quem de moço não morreu

Sendo velho não escapa

Eu estou vivendo hoje

Numa vida tão moderna

Tem Deus que me dá conforto

Tem poder tudo governa

Resolvi fazer um plano

Na funerária paz eterna

Enquanto viver no mundo

Tenho que me preparar

Cumprir sempre o meu dever

Pra quando Deus me chamar

Ter meu passaporte pago

Pra a ninguém preocupar

A funerária paz eterna

O escritório com certeza

Na barão do Rio Branco

Na capital Fortaleza

Tem umas moças que atendem

Com muita delicadeza

Entre a Duque de Caxias

Com a Rua Pedro primeiro

Que fica localizado

Este plano verdadeiro

Sou satisfeito em saber

Como gasto o meu dinheiro

Sei que na minha partida

Deste mundo de ilusão

Vai ter grande assistência

É garantido o caixão

Para o local que ficar

Tem ônibus pra condução

Sempre pago adiantado

Posso mostrar a razão

Numa saúde completa

Posso até ser campeão

Quem sabe subitamente

De parar o coração

Com o coração parado

Só uma coisa é Natural

É o laudo médico fazer

Chegando no hospital

Depois voltar para a casa

Pra fazer o funeral

A gente deve prevenir

Estando forte e sadio

Procurar um cobertor

Para evita-lo do frio

Eu falo com garantia

Porque no plano confio

Aqui divulgo o meu nome

Para quem não me conhece

CICERO MODESTO GOMES

Sempre a Jesus faço prece

Sou um amigo verdadeiro

De quem a Deus obedece

Cícero Modesto Gomes
Enviado por Cícero Modesto Gomes em 14/06/2011
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