Historias do Vôvô

HISTORIAS DO VOVÔ.

Veja se é verdade, foi meu avo quem contou

Afinal o velho era um excelente pescador

Nas suas horas de folga também era caçador

A a sua historia brilhante muito me impressionou

Analisa a história que o velhinho me passou

Quase todo mundo gosta de histórias do vovô.

Meu avô quando criança um dia saiu pra pescar

Levou foice e espingarda fumo bão para pitar

Um facão bem amolado farofa para rangar

De calça curta e descalço lampião pra clarear

Um burro bem arriado com balaios de ubá

Para trazer os tais peixes que ele iria pescar.

Já estava entardecendo, quando enfim ele chegou.

Na beira de um lindo rio, sem pressa se preparou.

Tirou a carga do burro, e pra pastar o levou.

Disse ele calmamente o seu anzol preparou

Pegou uma linha bem grossa no anzol encastoou

Iscou cinco quilos de carne, e bem distante jogou.

Não demorou muito tempo, assim ele me falou.

Sentiu a vara tremendo com força ele fisgou

Então começou a luta do peixe com o meu avô,

Você não é peixe grande! Empolgando ele gritou

Eu vou te botar no seco, você vai ver quem eu sou

O peixe muito valente, nem um palmo se aproximou.

O menino cabra macho também não se espantou

Continuou batalhando com o peixinho que fisgou

A vara apesar de grossa com a força ela dobrou

O vovô gritou bem alto valei-me nosso senhor!

Não deixa a vara quebrar eu te peço, por favor,

Quase não vou à igreja, mais ti amo com fervor.

Já depois de algum tempo no rosto o suor brotou

Mais com a sua insistência o peixe também cansou

O vovô falou sozinho, quase que você me levou.

Mais pelo que eu estou vendo a reta final chegou

Eu não tenho muita pressa afinal você fisgou

Agora bem calmamente ditar as normas eu vou!

É moqueca garantida já sinto até o sabor

O menino bom de briga ficou feliz quando olhou

E viu o peixe bem perto adrenalina sobrou

E disse meu deus o que é isto, me vale meu salvador.

Eu acho que não é medo, emocionado eu estou.

Eu já pesquei muitos peixes mais este é superior!

Teve uma ideia brilhante, era sábio o vovô!

Amarrou a linha numa arvore, um cigarro preparou.

Deu algumas baforadas nem muriçoca ficou

Olhou pro alta da arvore algo então ele avistou

Um macaco nas alturas, a espingarda ele pegou.

Deu um tiro tão certeiro que o bicho se aterrissou

O macaco era gigante logo então ele pensou

Isto é carne de primeira foi minha mãe quem falou

Quando eu tirar este peixe que no meu anzol agarrou

Vou limpar este macaco afinal besta eu não sou

Vou pescar a noite inteira de mãos abanando não vou

Aqui não estou perdido o meu pai sabe onde eu estou.

Agora já mais tranquilo ate porque descansou

Voltou a lutar com o peixe que novamente afundou

Será que danado é este, que no meu anzol agarrou?

Não deu para ver direito, pois ainda não boiou

O barranco é meio alto, com a chuva enlodou.

Com jeitinho vou dar um jeito, meu sonho só começou!

Pegou na vara bem firme com ousadia puxou

Pra ver qual era a do peixe coitado se enganou

O peixe foi para o fundo, é claro também descansou

Enquanto o vovô pitava, e o macaco matou.

Começou nova batalha agora a noite chegou

Eu não devia ter parado, lamentou o meu avô.

O sol sumiu no horizonte a noite predominou

Meu avó que era negro nem a si mais enxergou

Estava na lua minguante, nem estrela não brilhou

Acendeu o lampião mais bem pouco adiantou

Só sentiu puxar a linha quase que o levou

Notou que o peixe teimoso ainda tinha vigor.

Com a noite mudou tudo a bicharada acordou

Do jeito que lhe contavam uma onça esturrou

Mais ele cabra valente coragem não lhe faltou

Encheu bastante cartuchos no embornal colocou

Então subiu numa arvore a espingarda pegou

Preparou para o combate nem mais do peixe lembrou!

Carregou a espingarda e em silencio ficou

Não demorou muito tempo mais perto a bicha miou

Ele disse: são clemente é meu santo protetor

São Pedro e nossa senhora, nunca me desamparou.

Eu amo são Nicolau que a muitos já ajudou

Menino Jesus de praga contrito contigo eu estou.

Enquanto ainda rezava o burro bem forte urrou

Ele quase caiu da arvore com o susto que levou

Mais foi somente um aviso do burro para o vovó

Pois ele estava amarrado desde quando ali chegou

Pastando tranquilamente mais agora se assustou

Sentiu que estava em perigo por proteção suplicou.

O menino sabiamente o lampião apagou

Amarrou-se bem na arvore e de prontidão ficou

Sentiu o mato se mexendo foi quando ele notou

Que não tinha só uma onça, ele quase desmaiou

Rezou quatro ave Maria, seis pai nosso e não errou

A coragem foi embora o medo predominou!

Com os ouvidos bem atentos, muito barulho escutou

Só quem já dormiu na mata compreende o seu pavor

Na selva é uma guerra tremenda tem caça e caçador!

O meu avo neste momento do seu papel duvidou

Ele escutou outros urros seu corpo se arrepiou

Senhor eu quero ir para gloria! Mais não assim, por favor!

Nunca é bom andar sozinho como o piolho chorou

Querendo me acompanhar o pitoco me adulou

O paquito caça muito, o xodó é um lutador.

Só pode ter sido o destino que na hora me cegou

Não deixei vir os cachorros que sempre me acompanhou

Eis o preço da burrice até mijado já estou!

Estou só com nove anos mais o meu pai me falou

Que no dia que eu nasci o povão se alegrou

Fizeram um forró tão grande só quem viu acreditou

Somente lindas donzelas quatro mil ele contou

Doze mil litros de vinhos foram só quando começou.

Olhavam pra mim e diziam um cabra macho chegou!

Quando eu tinha cinco anos comecei o meu labor

Comecei tirando leite um vaqueiro me ensinou

Não demorou muito tempo um funcionário contou

Cento e vinte latões cheios fora um pouco que entornou.

Com sete anos e meio eu já era bom domador

Já amansava burro valente e cavalo marchador.

O meu pai não era rico sempre foi trabalhador

Nunca jogou nada fora, pois sabia quanto custou

Em sua fazenda tinha cinco mil trabalhador

Sete mil e oitocentos bezerros que desmamou

Trinta mil vacas leiteira e dez mil reprodutores

Três mil animais de sela, mais dois mil que não domou.

Tinha um pouquinho de tudo na fazenda lavrador

Mais de quinze mil galinhas um dia mamãe contou

Perus patos e marrecos? tinham em dobro meu senhor

Capado gordo na seva? isto sim, nunca fartou!

O que mais ele gostava foi por isto que plantou

Somente café arábica, seis milhões de pés formou.

No rio que eu sempre pescava, não duvide, por favor,

Tinha duas léguas de largura quando a seca castigou

Agora no mês de abril um pouco de água ganhou

Um homem do outro lado pequenininho ficou

Isto olhando de binóculo, próprio pra pescador!

Na beirada vinte metros, o fundo não encontrou.

Disseram que eu sou homem, agora a prova chegou

Aqui no gancho da arvore eu vou provar quem eu sou

Que venham todas as feras, pois preparado eu estou

Vou cortar tudo no tiro agora o medo acabou

Enquanto ele ainda pensava viu um vulto que passou

Puxou o dedo na hora alguns rosnados escutou.

Notou que o mato se abriu, grandes miados ecoou.

Eu não errei esta fera porque muito agonizou

Mordeu nos troncos das arvores, algumas até cortou

No desespero da morte com isto ele nunca contou

Matou um casal de onças com um tiro que disparou

Cinco queixados morreram com o susto que levou.

Mais como estava escuro, empoleirado ficou

Carregou logo a relepa e nem um pio soltou

Sabia que era o começo da enrascada que entrou.

Meu avo desde pequeno com bons caçadores andou

Por isto estava mais calmo e não se desesperou

Uma vez só com um tiro sete pacas ele matou.

Parece não ser verdade! Mais o segredo ele contou

A espingarda era antiga foi do seu tataravô

Por isto era reforçada foi seu pai que lhe ensinou

Carregar a espingarda pra matar sem sentir dor

Cinqüenta gramas de pólvora,somente com chumbo grosso

Sem caroços é o bastante pra fazer este destroço!

Ele não tinha relógio parece que o tempo parou

Foi quando pra sua alegria bem longe um galo cantou

Glória a deus La nas alturas em alta voz exclamou

Porque se o galo cantava da meia noite passou

Porem a hora mais fria neste momento chegou

Muito sereno caia que ele quase se congelou.

Desceu pra dar um volta, tomou do café que levou

Pegou da farofa na lata comeu bastante se fartou

Fez um picão turbinado muita fumaça soltou

Com o repicado do galo o seu coração vibrou

O dia já estava raiando se quer ele cochilou

Olhou pra vara da pesca do peixe então se lembrou.

Primeiro foi ver a cassada sozinho não aguentou

Um macaco muito grande duas onças de valor

Cinco caititus enormes que o susto fulminou.

Para arrastar estes bichos quase que desmaiou

Agora só falta o peixe certamente já cansou

Vou ver este cabra safado porque o sol já raiou!

Pegou na linha bem firme com muita força puxou

Pra sua maior surpresa o peixe então revidou

O carretel de mil metros de linha desenrolou

O peixe foi bem pra longe agora sim que danou

Mais uma bela ideia em sua mente brilhou

Então arriou o burro na cela a linha amarrou.

Começou bem de mansinho a linha então se firmou

Meu avô ia na frente falando com o senador

Ai ficou mais tranquilo somente o burro suou

Parou pra dar um descanso, de novo à sela apertou.

O peixe se debatia de vez ele endoidou.

Sentia perdendo as forças para o burro do vovô.

Este burro era treinado por isto este nome ganhou

Roubava mais que um rato porem tinha seu valor

Um dia La na fazenda a boiada estourou

Este burro sabiamente o problema solucionou

Cercou todos nas divisas nem se quer um boi passou

Um touro que foi teimoso, ele deu um coice e matou.

Não demorou muito tempo o peixe então brotou

Uns cinco metros de altura este tal peixe saltou

Vovô quando viu a sena admirado ficou

Gritou: sagrada família, valei-me nosso senhor

Eu só não corto a linha porque medroso não sou

Mais este bicho é enorme, ninguém um deste pescou!

O senador era muito forte com energia puxou

O peixe chegou bem perto água bem longe jogou

O vovô não perdeu mais tempo um belo tiro acertou

O peixe ficou bem fraco em pouco tempo boiou

Pra ver se estava morto bem perto vovô chegou

Foi bem no meio dos dois olhos que a chumbada ancorou.

Deu mais um tiro certeiro o peixe se apagou

Meu avo era modesto não creio que exagerou...

Parecia uma grande tora que ninguém nunca lavrou

Botar o peixe no seco nem se quer ele tentou

A sorte ajudou na hora, segundo ele me contou.

Seu pai que o procurava naquele instante chegou.

O seu pai disse: meu filho você nos preocupou

Saiu e sumiu na mata nem se quer rastro deixou

Já tinha gente dizendo, que uma onça te pegou.

Chamei vinte cabras macho, com eles aqui eu estou.

Vamos unir nossas forças como manda o criador

Diga-me qual é o problema, a solução já chegou!

Ele abraçou o seu pai e por perdão suplicou

Eu só não voltei para casa porque a noite chegou

E o peixe que estava fisgado comigo muito lutou

Mais já, matei o danado o senhor me ensinou.

Por isto venci a batalha um pouco cansado estou

Vamos por ele no seco venha ver, faz-me o favor.

Quando o velho viu o peixe maravilhado ficou

Disse: menino velho de sorte, sabe quem você puxou?

Quando eu tinha quatro anos comigo um se esbarrou

Era bem maior que este a impressa noticiou

Isquei um quarto de vaca sem trabalho ele fisgou

Depois da peixada pronta mais de mil se alimentou

Jogou o peixe no seco um empregado falou

Da uma bela moqueca não tem espinhas só osso

O problema vai ser panela, alguém então retrucou

Vovo disse: não se preocupem tenha calma, por favor,

A panela esta guardada poucas vezes alguém usou

Vai ser feita a onde foi feito o peixe que o meu pai pescou!

Tentaram levar no burro mais ele não aguentou

Nem cortado em quatro partes o bicho não suportou

Foi ai que a experiência do meu pai funcionou

Amarrou cada pedaço, em uma arvore que ele cortou

Pegou dois de cada lado com cuidado caminhou

Dezesseis homens somente o tal peixe carregou.

Tiraram os coros das onças com cuidado enrolou

Os catitus e o macaco sobre o burro colocou.

Pegou o resto da tralha, com cuidado preparou

Pegou a trilha de volta, depois o vovô me contou

Que o seu pai no caminho com duas antas encontrou

Ele atirou na primeira à segunda desmaiou.

Chegaram ainda bem sedo a festa então começou

Era sábado de aleluia, pra quem crê no salvador.

Setenta homens bem fortes a panela então buscou

Cinquenta toras de lenhas,uma a uma arrumou

Debaixo da tal panela, o fogo logo pegou

Enquanto eles preparavam a piãozada chegou!

A mamãe mais que de pressa o tempero estipulou

Trinta e dois quilos de sal, dez de alho por favor

Pimentão só trinta quilos gordura entorna o tambor

Salsa coentro e cebolinha, três balaios meu senhor

Colorau só uma quarta somente pra dar uma cor

Cozinhar peixe pequeno, acostumada não estou.

Pimenta bote pouquinha, sete quilos de caroços

Pra ninguém ficar dizendo que o peixe perdeu o gosto

Oito sacos de farinha vai dar um pirão cremoso

Se não der pra todo mundo porem vai ficar gostoso

Tem quarenta bois temperados, e oitenta capado gordo

Se faltar alguma coisa, diga La pro meu esposo!

Já era bem de tardinha , o povo se aglomerou

Em baixo do barracão Zé bicudo começou

Pegou a oitenta baixos e fortemente puxou

Pe de gancho logo disse: hoje eu vou ser o cantor

Cabeção mais que depressa o seu violão pegou

Tripa grossa a rebeca, rapidinho afinou.

Tripa grossa foi assim que o povo lhe apelidou

Pois tinha bom apetite, só quem viu acreditou

Comeu três perus assados, um pato sem o pescoço.

Bebeu seis litros de suco comeu uma jaca e um coco

Tinha uns dentes tão potentes quase não sobrava osso

Brincando e contando historias, esperando o almoço!

Não demorou muito tempo o que faltava chegou

Lindas damas para o baile, como o meu pai planejou.

Dos quinze mil convidados nem se quer um não faltou

Tinha cem instrumentistas... Cantores? Ele nem contou.

Pra fazer a abertura o papai a mamãe chamou.

Dançaram a primeira musica, foi um tango com fervor.

O meu pai dançava muito e também era cantor

Tocava todo instrumento, nisto se aperfeiçoou.

Como contador de historias tinha troféus de valor

Porem o que mais gostava era de ser jogador

Um dia cobrou um pênalti, o goleiro se esquivou.

A bola furou a rede e o muro derrubou!

Parou e disse para o povo, a festa já começou.

Quero ver todos alegres, ninguém brigue, por favor,

Esta festa não é minha mais sim do trabalhador

Somos uma só família, aqui quem manda é o amor.

De tudo tem um pouquinho, muito contente eu estou.

Vai ser servido o peixinho que o meu menino pescou.

A lua estava tão bela era intenso o seu fulgor

Pé de ferro e peito de aço foi quem primeiro cantou

Periquito e ganso morto, também mostraram o seu valor.

Uns comiam outros dançavam, animação não faltou.

Entraram de noite adentro o povo se quer cansou

A coisa mais comentada era o peixe do vovô!

Ganso morto não tem jeito, tenho que falar um pouco.

Tinha um sesse danado, um Chulé que dava gosto.

Quando ele abria a boca insetos caia morto

Sua mulher era magrela cambota com os olhos tortos

Tinha doze filhos gêmeos cada um mais feio que o outro

Porem dançar como eles, só se um dia nascer outros!

Pé de ferro simplesmente sapato nunca calçou

Os seus pés era tão cascudo que nunca espinho furou

Um dia ele veio correndo, em cima de um prego pisou.

O prego dobrou no meio o seu pé se quer arranhou

Quem viu este acontecido admirado ficou

Desde então este apelido, sempre o acompanhou.

Peito de aço velho amigo, sempre foi bom ferrador.

Pra ferrar burro valente o povo sempre o chamou

Onde ele punha as mãos nem um já mais escapou

Ferrava ligeiramente, nunca um casco sangrou.

Um dia um burro selvagem com ele se espantou

Deu um coice no seu peito, o pé do burro quebrou!

Quando amanheceu o dia o povão se retirou

Impressionados diziam: que pena que terminou

Seu Antônio é gente fina, sua esposa é um amor.

O casulo é um anjinho, e um belo pescador.

Engraçada foi a foto que com o peixe ele tirou

Ficou em pé dentro da boca, zoi de boi então clicou!

Zoi de boi o retratista atenção sempre chamou

Pois tinhas os olhos enorme era vesgo,gago e falador

Seu nariz era tão chato que um olho via o outro

Conversando com a gente sempre dava alguns arrotos

Cantava muito afinado dançava como um garoto

Sua noiva era bem mais feia! Porem um amava o outro.

No domingo a alegria para ninguém não faltou

O assunto obviamente era a festinha do vovô

Quando alguém lhe perguntava ele nunca titubeou

Como pegou o tal peixe? Em que você se inspirou?

Simplesmente ele dizia: a fé muito me ajudou

E pra pescar peixe grande preparado eu já estou!

O padre ficou sabendo de tudo que aconteceu

Foi chegando e perguntando; alguém o peixe benzeu?

O meu pai bem calmamente, ao padre assim respondeu.

Era simplesmente um filhote que o meu menino me deu

A espinha deu dez metros, fora o rabo que perdeu.

Peixe grande pra benzer só quem pesca aqui sou eu!

O padre disse é verdade, eu concordo com o senhor.

Eu estou me recordando padre bento me contou

Como foi feito o telhado da igreja onde eu estou

Os caibros e a cumeeira foi tudo feito com osso

As telhas foram às escamas, e com os dentes pregou.

E tudo foi retirado do peixe que o senhor pescou.

O papai emocionado um pecado confessou

Hoje muito me arrependo me perdoe, por favor,

Não fui honesto o bastante vou contar para o senhor

Eu vendi os peixes grandes, foi para o exterior.

Aquele foi o pequeno, quando lembro sinto dor.

Irei pescar novamente porem pecar eu não vou!

O senhor esta perdoado, sua intenção valeu.

Eu estava na Europa quando isto aconteceu

Era feita a basílica do santo Bartolomeu

O governo gentilmente um presente ele nos cedeu

Quando atracou os navios, foi o bispo quem escolheu.

O maior peixe de todos, que por La apareceu.

Isto já faz alguns anos, mais ninguém não esqueceu.

As carnes armazenaram, dos ossos quem fez foi eu.

Uma rara obra de arte, foi o papa quem benzeu.

Da pele fizeram tapetes, creia nada se perdeu!

Escamas viraram cadeiras, os dentes foram para o museu.

Fico feliz em saber que o peixe foi o senhor quem vendeu!

O padre se despediu feliz para a paróquia voltou

O meu pai muito contente ao senhor glorificou

Livrou-se de tal pecado que muito lhe atormentou

A mamãe tranquilamente simplesmente assim falou.

Eu ouvi toda a conversa muito me impressionou

Eu estava até esquecendo que você é pescador!

Já era tarde da noite no sono o vovô pegou

Contou-nos varias história, com saudade eu estou.

Hoje eu fico recordando tudo que ele falou

Eu acho que algumas vezes o velhinho exagerou

Porem sempre vale a pena conversar com o vovô

Isto é muito importante mais nem todos dão valor!

Di Castro

Di Castro
Enviado por Di Castro em 10/06/2011
Reeditado em 03/02/2021
Código do texto: T3025427
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