NAMORO SERTANEJO

O namoro no Sertão

Tem um sabor diferente

Gostoso como um repente

Movido a fogo e paixão

No rela a rela do oitão

Na cerca de maravalha

No colchão velho de palha

Coberto de pichilinga

No deserto da caatinga

O Sertanejo não falha

Em missa de sete dias

vaquejada, procissão

Quermesse e até leilão

Nas noites quentes e frias

Nas antigas cantorias

Só se via o movimento

Em festa de casamento

Tudo findava em namoro

Assim no grito e no choro

É amor sem vencimento

Sarrando na luz de vela

Na luz do poste apagada

A calça toda molhada

A molhar a roupa dela

Assim a bela donzela

Do corpo belo e fornido

Na noite solta gemido

Até o romper da aurora

Mordidas de bota fora

De um desejo suprimido

Os seios endurecidos

Bem fartos, uma fartura!

Os cabelos na cintura

Pelos sarros retorcidos

Um BuMBUM bem esculpido

Isso não podia faltar!

Uma velha a pastorar

Não saíndo da janela

Mesmo que não mexa nela

Mas seu filme vai queimar

A primeira relação

Merece um belo relato

Pois, em geral é no mato

Sem ter acomodação

A cama é pelo chão

Às vezes, até em pé!

Quando um homem e mulher

Já estão nos finalmente

Só importa o que se sente

Que seja o que Deus quiser!

Nunca há preliminar

Na primeira relação

O fato aqui em questão

É a coisa terminar

Tanto tempo a esperar

É aproveitar a hora

Um orgasmo sem demora!

Verdadeiro ou simulado?

O fato foi consumado

Se vestem e vão embora!

Poeta de Branco
Enviado por Poeta de Branco em 01/06/2011
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