NAMORO SERTANEJO
O namoro no Sertão
Tem um sabor diferente
Gostoso como um repente
Movido a fogo e paixão
No rela a rela do oitão
Na cerca de maravalha
No colchão velho de palha
Coberto de pichilinga
No deserto da caatinga
O Sertanejo não falha
Em missa de sete dias
vaquejada, procissão
Quermesse e até leilão
Nas noites quentes e frias
Nas antigas cantorias
Só se via o movimento
Em festa de casamento
Tudo findava em namoro
Assim no grito e no choro
É amor sem vencimento
Sarrando na luz de vela
Na luz do poste apagada
A calça toda molhada
A molhar a roupa dela
Assim a bela donzela
Do corpo belo e fornido
Na noite solta gemido
Até o romper da aurora
Mordidas de bota fora
De um desejo suprimido
Os seios endurecidos
Bem fartos, uma fartura!
Os cabelos na cintura
Pelos sarros retorcidos
Um BuMBUM bem esculpido
Isso não podia faltar!
Uma velha a pastorar
Não saíndo da janela
Mesmo que não mexa nela
Mas seu filme vai queimar
A primeira relação
Merece um belo relato
Pois, em geral é no mato
Sem ter acomodação
A cama é pelo chão
Às vezes, até em pé!
Quando um homem e mulher
Já estão nos finalmente
Só importa o que se sente
Que seja o que Deus quiser!
Nunca há preliminar
Na primeira relação
O fato aqui em questão
É a coisa terminar
Tanto tempo a esperar
É aproveitar a hora
Um orgasmo sem demora!
Verdadeiro ou simulado?
O fato foi consumado
Se vestem e vão embora!