Por causa do sexo
A polêmica do sexo
E sua aura castradora
Tem limites assim sem nexo
Gratuitamente opressoras
E afeta muitos aspectos
De pessoas lutadoras
Vulgaridade promíscua
É falta de educação
A primeira é profícua
Em sua multiplicação
A segunda é perigosa
À saúde do cidadão
Não se tratando, portanto
Limitar gratuitamente
As pessoas de se amarem
Como desmedidamente
Porque o amor nunca foi
Pra quem ama o suficiente
Do mesmo jeito esse pacto
Social de convivência
Que criou as suas normas
Implacáveis aparências
Que faz parecerem provas
Ou atos de penitência
As convenções de família
Que por debaixo dos panos
Vai podando as suas filhas
E soltando seus marmanjos
Muitas vezes é a quilha
Do barco que está quebrando
Não é que eu seja contra
A convivência sagrada
Nem que queira apregoar
Que os laços não valem nada
Mas que sejam generosas
As relações pactuadas
Todo mundo soube sempre
Do que lhes era importante
Que o sexo é latente
Parecendo ser distante
Porém nega-se o presente
Que lhe sorrisse o semblante
Evidentemente existe
Um contingente feliz
Que não se importa se existe
Regra para o que ela quis
Que não está preocupada
Com quem não faz o que diz
Vai vivendo a sua vida
Sem que evite interação
Não considera ferida
Seu estilo, seu padrão
Se estiver entristecida
Será por outra razão