Cartaz no peito

Durante muito tempo

Naquela comunidade

Havia pranto e revolta

Por causa da maldade

Dos crimes cometidos

Com tanta crueldade

Como se não bastasse

O desleixo do Estado

Até de seus pudores

Estão sendo abusado

Por um monstro doente

Sanguinário e tarado

Começou na parte alta

A moça estrangulada

Tinha o rosto ferido

Por golpe de pedrada

Estava semi despida

E quase desfigurada

No meio da favela

Uma cena de dar dó

A menina que voltava

Da casa de sua avó

Foi encontrada morta

Atrás do velho brechó

Outro caso comovente

De levantar cabelo

Encontraram uma senhora

Amarrada, nua em pelo

Agora foi no baixo

Lá no Beco do Curvelo

E neste acontecido

Um jovem criminalista

Acabou encontrando

Uma preciosa pista

Que pudessem achar

O sujeito vigarista

Essa gente esquecida

Mas de cunho cidadão

Que anda exaustada

De viver num mundo cão

Agora clama por justiça

Cada qual com sua mão

E na manhã seguinte

Morto estava o rapaz

O corpo todo furado

Em seu peito um cartaz

Escrito com letra grande

“Não estupra nunca mais”

Pietro Assis
Enviado por Pietro Assis em 20/05/2011
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