OFICINA DE CORDEL

Eu peço ao supremo Pai

Que não me deixe cair

Na grande desilusão

Sem que possa resistir

Firmando minha Memória

Pensar pra depois agir

Para que seja bem visto

No meio da Sociedade

Sempre escrevendo o que vejo

Tudo o que tenho vontade

Mesmo hoje já estando

Na minha Terceira Idade

Pra uma bela Oficina

De Cordel eu fiz o plano

De junto com o Instrutor

Um Poeta Veterano

Tirar todas minhas duvidas

Do que eu tiver engano

Hoje é o primeiro Dia

Dezenove de Abril

Do Ano Dois Mil e Dez

Debaixo do Céu de Anil

Do Instrutor seu Trabalho

Eu quero dá nota Mil

Realmente sendo o Dia

Bem lembrado pra quem é

Indio que carrega o Peso

Seu maior Transporte o Pé

É nas Familias Selvicolas

Que tem Cacique e Pajé

Foi o primeiro Habitante

Deste Abençoado Chão

A Terra de Santa Cruz

De Praia Serra e Sertão

Só tinha imensas Florestas

E nada de poluição

Em o Brasil ser descoberto

Tinha Abelha Uruçú

Tinha Cobras venenosas

Cascavel Sururucu

Gente livre pelas as Matas

O Índio que andava Nú

Em Homenagem ao Indio

Hoje é um dia importante

Com a Criação da Funai

Todos direitos garante

A esta Nação tão pequena

No Brasil Forte e Gigante

Como eu gosto de Escrever

Provo que não sou Covarde

Quero aprender muito mais

Pedindo a Deus que me guarde

Para Oficina segui

Segunda Feira a Tarde

Casa Juvenal Galeno

Sendo o Local indicado

Segui muito satisfeito

Com uma Bolsa de Lado

Do Bairro aonde eu moro

Do Castelo Encantado

Para Escrever Poesia

Simplesmente se Imagina

Para não cometer erro

Quem ler sempre descrimina

É Quatro Dias somente

A duração da Oficina

Rua General Sampaio

Bonita Cor tem a Frente

Tem um Guarda no Portão

Para receber a Gente

Isso somente na hora

Que tiver expediente

O Instrutor é conhecido

Esse é grande Cordelista

O seu Bonito Trabalho

Já passou pela Revista

Aconselha os seus Amigos

Que persista e não desista

O inverno no Ceará

Começa no Mês de Março

Que belissima Homenagem

com muito prazer eu faço

Para o Nobre Companheiro

O Instrutor Paulo de Tarso

É uma dádiva de Deus

Para se Escrever Cordel

Ele ensina com carinho

Desempenha o seu Papel

Pra isso não é preciso

De Doutorado o Anel

A Musica para aprender

Tem que gravar bem o som

Com perfeição ele ensina

Pra quem Nasceu com o Dom

Com carinho faz Cordel

Tambem faço e acho Bom

Um Projeto Importante

Que vem da Secretaria

Da Cultura do Estado

Só para quem aprecia

Quem tiver Inteligência

Faz subir a Poesia

Para se fazer Cordeis

Precisa Xilogravura

Para colocar na Capa

Isso é qualquer Figura

Já vem do Antepassado

Vai pra Geração Futura

Arte de Xilogravura

Pra quem quer ganhar Dinheiro

Para aprender tem um Mestre

Para encontrar o roteiro

Estar nesta Oficina

João Pedro do Juazeiro

Para atender o Fregues

Estar a disposição

Chegando fique a Vontade

procure este Cidadão

Na Arte de Desenhar

É Elétrica a sua Mão

Quero muito agradecer

A quem fez este Projeto

Restaurando o Patrimônio

Ao Diretor tenho afeto

Antonio Galeno é

De Juvenal um Bisneto

Em Nome do DIRETOR

Faço o agradecimento

De meus Colegas também

Pessoas que tem talento

Que visitam esta Casa

Seja Pedro João ou Bento

O Poeta tem humildade

Geralmente anda a Pé

Quem escreve tendo erro

Outro lendo é quem da fé

Grande saudade deixou

Patativa do Assaré

Aqui eu vou encerrar

Cheguei no fim do roteiro

Vou divulgar meu Nome

Tão manso como um Cordeiro

CICERO MODESTO GOMES

Sempre Amigo e Companheiro

Cícero Modesto Gomes
Enviado por Cícero Modesto Gomes em 20/05/2011
Código do texto: T2981659