UM PASSEIO EM MINHA TERRA

Eu parti de Rendenção

Foi novembro vinte e um

O motivo teve algum

Pra chegar no Maranhão

Sentindo recordação

Das viagens que ja fiz

Conhecendo o meus país

Terça o dia da semana

Numa transbrasiliana

Fiz viagem a Imperatriz

Redenção é uma cidade

Do Estado do Pará

Muito eu gostei de lá

Onde fiz muita amizade

Ja na terceira idade

Num clima tão colossal

Já aposentado rural

Das matas vendo a beleza

Uma jardim da natureza

No mundo não tem igual

Sentindo grande saudade

Da terra onde eu nasci

No momento me senti

Em plena felicidade

Para falar a verdade

Quando me chega a lembrança

Que era minha esperança

Que em outras terras andava

Pois tudo isso pensava

Quando ainda era criança

Como ainda era solteiro

Morava com meu irmão

Numa época de verão

Bom para ganhar dinheiro

Tão manso como um cordeiro

Chegou em minha memória

Ao Pai Celeste dou glória

Pra ele a vida eu devo

Todo passado eu escrevo

Desta vida transitória

Logo tirei a passagem

Custou trinta e dois reais

Tão sublime foi demais

A noite a minha viagem

Cheguei olhando a paisagem

Desta cidade uma praça

Pertencendo a mesma raça

Procurei pude encontrar

A casa pra me hospedar

Da Terezinha Monbaça

No bairro do Vila Nova

Dois dias eu demorei

Como a família encontrei

De cavalheiro eu dei prova

Nasce a semente na cova

Tendo bom semeador

Como sempre dei valor

Constituir amizade

Tanto faz ser na cidade

Como no interior

Vinte três do mesmo mês

Tomei um novo ideal

No ônibus continental

Embarquei pra Santa Ines

Quinze cinquenta talvez

Na passagem achei legal

Pra onde o carnavial

Era o trabalho que tinha

Quando foi ponta da linha

Do velho Engenho Central

Era grande a travessia

Em léguas era quase cem

Eu conheço muito bem

No tempo da mata fria

Pra quem caçada fazia

Sempre passava por onde

Somente e Eco responde

Dando o mais forte espanto

A mãe da lua chora tanto

Depois que o sol se esconde

Em Santa Ines eu cheguei

Seta feira de manhã

Na casa da minha irmã

Muito feliz eu fiquei

Na Santa Paz encontrei

Gozando felicidade

Pois vir matar a saudade

Que a muito tempo não via

Pra ela grande alegria

Porque me tinha amizade

Depois fui para Monção

Cidade onde morei

Muito tempo batalhei

Com uma Associação

Com grande inspiração

Viajei par Caxias

Bem aonde em duas vias

A BR se estendeu

A terra onde nasceu

O poeta Gonçalves Dias

Como eu gostei do clima

Desta cidade veneza

Fui encontrar com surpresa

A casa da minha prima

Pessoa que a gente estima

Destinei pra Capital

Teresina sobre a qual

Permaneci um dia só

Voltando para o Codó

A minha terra natal

La vi o bita do barão

Do Guaré Comendador

Da República o seu valor

Teve uma proteção

De um chefe da nação

De quem conhece a lei

Assim eu revelarei

Foi a força de vontade

E a confiabilidade

Do Presidente Sarney

É chamado Pai do Santo

Por todos reconhecido

Como tem desenvolvido

O seu trabalho garanto

E para o maior espanto

Que chego a conhecer

Quem luta para vencer

Fez tanta prece consigo

Em defesa de uma amigo

Para chegar no poder

Dai vir para a princesa

Do vale do Pindaré

Santa Ines que hoje é

Terra de grande beleza

Governa com gentileza

Um prefeito igual não há

Com seu talento dará

Esforços que lhe pertence

Um cidadão Cearense

Da cidade de Quixadá

Logo na minha chegada

Grande lembrança me deu

Da minha mãe que morreu

Dentro da nossa morada

Depois de ser sepultada

Minha tristeza foi tanta

Pois dela eu fui uma planta

por ela sempre regada

Não sendo canonizada

Mas para mim é uma santa

E regressando de lá

Debaixo de céu de anil

Tudo no ano dois mil

Que voltei para o Pará

Passando por Marabá

Xinguara e Rio Maria

Nesta viagem eu ia

De volta pra redenção

Pra casa de meu irmão

Sentindo muita laelegria

Cícero Modesto Gomes
Enviado por Cícero Modesto Gomes em 18/05/2011
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