Mais uma santa ta vino aí/ interação das cumade Rosa Serena e Hull de La Fuente

Só cum bejo cá Chiquinha deu

Tudo ni min se arrenovô

As coisa qui adurmeceu

Nun instante se alevantô

A muié é u’a milagrera

Piza inrriba da fuguêra

Sem nem tê nium temô.

Quando soube as veiarada

Desse fato acunticido

As nutiça em desvairada

Da levantança dos caído

Minha rua inxeu de gente

Só se via muié cuntente

Principarmente os marido.

Agora na minha rua

A fila ta noite e dia

Caquela bondade sua

Já ta de bem as famia

A basta um bejo ela dá

Para as coisa se amiorá

Devorveno as aligria.

É u’a santa fala um

E ninguém li recrimina

E eu de modo argum

Nun recramo dessa sina

Já nun cunsigo mais drumí

Só pensano em acudí

Os milagre dessa minina.

Cumo já moda virô

De tudo se canonizá

Quando a Chiquinha se fô

Vô logo fazê um artá

Min acuseiaro um fulano

Pra eu ir no vaticano

E cum o papa eu falá.

Vai cê a santa Chiquinha

A disvalecença dos caído

Do sertão vai cê a rainha

Daqueles homi sufrido

Vô botá nun pedestá

U’a istátua vô li dá

Pruquê tudo faiz sintido!

E se o papa nun quizé?

Isso num muda a questão

No Brazí é o qui o povo qué

O papa nun interfere não

Nóis manda lá pro congresso

Pro decreto tê pogrésso

Para a canonização.

Eu vô fundá a minha igreja

E muitos dizmo vô cobrá

Já xega da mole peleja

Tudo agora vai levantá

Vão ficá tudo fogoso

Principarmente os idoso

Vai querê ir no artá.

ROSA SERENA

I cumu dis a vois

Du povu qui é di DEUSU

Eu achu qui essa muié

Num é santa nada não!

Eu achu qui ela deu

Foi viagra pru cão!

Mais ocê meu cumpadi

Pareci meiu isquicidu

Num prestô atinção

Nu qui a muié feis cuntigu!

Ela botô um vinenu

E ocê neim apircebeu

Uma balinha asul

Nu café qui ocê bebeu!

I agora ocê qué fazê

A cabra virá santa?

Tá cum u juisu viradu

I vê se alevanta!

Num andianta insisti

Nessa istória sufrida

Se a chiquinha é santa

Intaonsi eu virei bandida!

Vo ti falá otra veis

Pra modi oce num isquece

Só se u pau fo um oco

I povu tá alupradu

Essa chiquinha docê

É du tuim arriscadu!

Como agradecer ao poeta amigo pelos versos concedidos? DEUS o abençoe, grandemente! VIDA, FORÇA, SAÚDE!

Hull de La Fuente

Eu num vô mai falá dissu

num vô dá opinião

a muié ti pôis feitiçu

ela deu a alma ao cão;

e é a santa da veiz

us homi são seus fregueiz

a santa da perdição....

Boa noite meu cumpadi. Vai lá vê a foto do seu casamento ca Dorotéia. Hull

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 18/05/2011
Reeditado em 20/05/2011
Código do texto: T2977317
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.