MENINO DE RUA

Sem nome e sem teto

Marginalizados pela sociedade

São elas as crianças de rua

que vagam pela cidade

dormindo pelas calçadas

Todas abandonadas

Não importando a idade

Órfãos de pai e de mãe

Mesmo eles vivos estando

porém são abandonados

Poe eles pouco ligando

Preferem a vida,a orgia

Vivem buscando alegria

deixam seus filhos chorando

Vítimas de um sistema corrupto

Sem saúde e educação

Sem lar e sem alimento

Sem um pedaço de pão

A pedir vivem na rua

Para triste sorte sua

Faz doer o coração.

E nas calçadas da vida

Eles procuram um abrigo

Debaixo do viaduto

Onde encontra os amigos

Fumam maconha, cheiram cola

Nunca foram a uma escola

São donos do próprio umbigo

Fumar crack virou rotina

Para essa pobres crianças

que vivem a perambular

sofrendo em suas andanças

Debaixo da chuva e do frio

Enfrentando os desafios

Vêm morrer as esperanças

Esperança que um dia

as coisas possam mudar

Eles gritam por socorro

Pra dar rua alguem tirar

Terem um lugar seguro

sair desse buraco escuro

Encontrar um verdadeiro lar

a noite é muito fria

Nem um cobertor pra se esquentar

quando será que os governantes

Vão com isso se preocupar

Olhar com mais carinho

traçar um melhor caminho

Os meninos da rua tirar

As pessoas que vão passando

Sentem medo e horror

Pés sujos olhos vermelhos

Pele preta multicor

E essa a impressão

Nos olhos nenhuma emoção

Só tristeza e muita dor

Em seus carrões de luxo

Ignoram tal sofrimento

O problema não é meu

Não existe nenhum sentimento

Fecham o vidro assombrados

Com medo de serem roubados

e pra não ouvir o lamento

Venden doces nos semáforos

Pra uma grana descolar

Saem correndo depois dali

Pra droga irem comprar

aos adultos sem consciência

que sem dó e sem clemência

Não importam de viciar

os nossos meninos de rua

Procuram alimento no lixo

Catam as coisas que sobra

que vem das casa do rico

É humilhante de ver

O que fazem pra sobreviver

Parecem animais e bichos

É uma vergonha doutor

O que fazem com nossas crianças

Sem futuro pela frente

Eles vivem sem esperança

Viram bandidos,formam gangues

Vivem a derramarem sangue

Sedentos de sede e vingança

Nas ruas das grandes cidades

Eles vivem agrupados

Roubando para comer

Ou pra comprar baseado

O crack a cocaina

São meninos e meninas

Nas drogas são viciados

A noite pelas calçadas

Eles dormem ao relento

O estômago doendo de fome

Sem ter nenhum alimento

e na sua mesa doutor

sobra pão, falta amor

No coração, sentimento

Muito dinheiro são gastos

Em festas e grandes orgias

Dava para construir abrigos

Se possivel um por dia

Mais albergues, mais escolas

acabaria as esmolas

Voltava a alegria

Todos nós somos culpados

Dessa triste situação

Somos surdos aos apelos

E a voz do coração

Dos nossos meninos de rua

A culpa é minha e é sua

É de todos a obrigação.

Ignorar tal sofrimento

Deixar o fato acontecer

Muito cômodo meu irmão

Fechar os olhos pra não ver

a cada dia que passa

Envoltos em muita "fumaça"

Nossa criança morrer

Temos que rever os conceitos

Uma atitude tomar

Tirar os menino da rua

Temos que nos preocupar

Pois eles são o "futuro"

Precisam de um lugar seguro

Do pesadelo acordar.

Eles dizem que as drogas

Os problemas fazem esquecer

Nos delirios eles sonham

que são felizes a correr

Por entre belos lugares

que são felizes nos lares

Que gostariam de ter

Mais o seu lar é a rua

Uma vida de horror

Seu almoço e seu jantar

Vem do lixo que sobrou

Da sua mesa da minha

do muito que você tinha

Foi o que ele almoçou

Em cada esquina da rua

Você pode encontrar alguém

Que te olha suplicante

Você olha com desdém

Ignora o pedido

Daquele que foi ferido

que vive só sem ninguém

Crianças são estrupadas

São vítimas da violencia

Coisas tristes que acontecem

Inesplicavéis pela ciência

Se houve os gritos de dor

a falta de muito amor

Humanidade e clemência

Quando é que as autoridades

Vão a venda dos olhos tirarem

Enxergar que os problemas

Precisam depressa acabarem

Eles querem um abrigo

Sair da rua, do perigo

e deixar de se drogarem

Fica aqui o meu apelo

Sou filha de Santa Luz

Vamos pensar nas crianças

que carregam pesada cruz

que seu fardo fique leve

Ter alguém que o carregue

Pelo nome de Jesus.

´E lamentável e muito triste o que está acontecendo com nossas crianças.Que futuro queremos para o nosso planeta terra?

Marlene Araújo A POETISA
Enviado por Marlene Araújo A POETISA em 13/05/2011
Código do texto: T2968554
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