A IXPURSÃO DE CHIQUINHA DU CATOLÉ

(Hull de La Fuente)

 

Manu Airan, manu Catulo,

Rose e Pedrim Goltara,

Vamu saí  du casulo,

Milla e Lili mostri a cara.

Semo amigu da aligria

Farriamu noiti i dia

Vamu pô cordé na vara.

 

Proponhu essi disafio

Cada um põe cá treis versu,

Pois u Sestetu tem bríu

Num dá lugá a insucessu.

Conti aqui suas piada

Pra nóis caí na risada.

Acabemu cum recesso.

 

Vô falá du meu cumpadi

Qui feiz a casa na roça

Mai num falô ca cumadi

U qui tinha na tar choça,

Chiquinha du Catulé

Diabu im forma di muié,

Vamu ixpurçá da paióça?...

 

 

É mais face a foto de Bin Lade aparecê

(Airam Ribeiro)

 

Minha quirida cumade

Arricibí seu recadin

Tonce esse seu cumnpade

Já vai dizendo logo ancim

Qui o recesso cabô

Manda os verso pur favô

Qui lá vai meus cordeuzin.

 

Ta mais face a futografia

Do Bin Lade aparecê

Do qui ocêis tirá as aligria

Da minha roça pode crê

A Chiquinha do Catulé

Ela é uma boa muié

Qui todos gostaria  de tê.

 

Ela min faiz cumpanhia

É só isso quela faiz

Tenho pur ela simpatia

Mais é só isso nada mais

Ela num é minha amante

É somente ajudante

Na penêra é boa dimais.

 

Fico oiano ela cessar

Qui as areia fica fininha

Eu vejo o seu rebolá

Sacudino a peneirinha

Cum a Chiquinha perto de mim

O seuviço ta atrazado sim

Mais as vista fica boazinha.

 

Digo qui é cum prazê

E cum toda dimiração

Qui vorto aqui a iscrevê

Pra cunvivê cum os irmão

O sexteto num morreu

Quem pensô mau se deu

E viva nóis seis intão!

 

Mais num min regula

Trêis estrofe é pôco

Pra iscrevê tenho a gula

E o cordé desse cabôco

É iscrito nua mezinha

Qui fica na minha cuzinha

Cuja inda sem rebôco.

 

 


 

O SEGREDU DI CUMPÁDI AIRAM

(Rose Tunala)

 

 

Du Catulé num cuiençu

Nunca fui presentada

Nessa istora du começu

Eu tô disorientada

Ficá di fora num mereçu

Dessa tar presepada.

 

 

Airam nunca min contô

De Chiquinha du Catulé

Será qui é causu di amô

Dele cum eça mulé

O será qui infeitiçô

I num disgruda mais du pé.

 

Si ela foi ispursa da roça

Boa bisca num devi sê

I minha língua já coça

Querenu um cunversê.

Vô muntá minha carroça

Pra eça fulia não perdê.

 

 

 

U SEISTETO DI CUATRO

(Milla Pereira)

 

 

Minha maninha quirida

Meus amigo du seistetu

Coisa mai ruim dessa vida

É virá só um cuarteto.

O pió é essa muié

Chiquinha du Catulé

Qui é o diabo di preto.

 

Tem cabelo nu nariz

I pegô bichu di pé.

A quenga, disinfiliz,

Chiquinha du Catulé

Tem um chêru di gambá

I banhu num qué Tuma

Nem cum reza i munta fé.

 

Chiquinha du Catulé

Gostia duma salienssa

É o cão, essa muié,

Tem qui têm munta pacenssa.

Vévi cum Airam lá na rossa

Mai vai levá uma cossa

Da patroa, sem clemenssa.

 

A Mirah tá ocupada
Reformânu u apertamento

Pedrim num pensa im nada
A num sê nu seu jumento.
Catulo cassa a caneta
Na casa di Risuleta 

Pru cordé dá andamentu.