JUVENAL GALENO O POETA DOS VERDES MARES

Tenho um Dom que foi doado

Por Deus a minha Memória

Para escrever o que vejo

Nesta Vida transitória

A Casa Juvenal Galeno

Relato toda História

Tendo o seu Proprietário

Nome de grande valor

Do Folclore Nordestino

Bastante conhecedor

Tinha pela Poesia

O mais profundo Amor

Em 18 e 36

Ano do seu Nascimento

Sua grande Inteligência

Chegou nas Asa do Vento

Para escrever as Belezas

Da Terra teve o talento

Tão romântica a Poesia

Muito Jovem começou

Escreveu Praia e Sertão

Tudo isto ele amou

Com Noventa e Cinco Anos

Foi quando Deus lhe chamou

Do Senhor José Antônio

Da Costa e Silva era Filho

Um prospero Agricultor

Em Juvenal via o Brilho

Um Trem de Sabedoria

Correndo em cima do Trilho

Vinte Sete de Setembro

Nascido em Fortaleza

O seu primeiro Estudo

Começou na Redondeza

Pacatuba e Aracati

Na Época com Vela acêsa

Para se viver na Terra

A Sorte Deus é quem dá

No Bairro Jacarecanga

A Formatura veio de lá

Estudou Humanidades

No Liceu do Ceará

O seu Pai queria que

Estudasse muito mais

Na lavoura do Café

Pois vinha dos Ancestrais

Foi pra o Rio de Janeiro

Conseguir seus ideais

Pelo o bom comportamento

Foi uma Viagem Feliz

Estudou e conheceu

Lá Machado de Assis

Com ele fez amizade

Assim a História diz

Primeiro contato com

Francisco de Paula Brito

Que bela Tipografia

Era o Dono tenho dito

Com o seu primeiro Livro

Fez um Trabalho Bonito

Pra o Homem Trabalhador

Não é preciso usar Luva

Enfrenta Frio e Calor

Não esmorece da Chuva

Tambem fez grande amizade

Com Quintino Bocaiúva

De volta pra sua Terra

Fez o primeiro Impresso

Livros Prelúdios Poéticos

Romantismo em cada Verso

Entre o Povo Cearense

Conquistou grande sucesso

Da Veia Poética uma Bomba

No meio do Povo detono

Da Academia Cearense

De Letras foi o Patrono

Da Cadeira Vinte e Três

Para sentar era o Dono

O Instituto do Ceará

Um belo Jardim de Flores

Criado com perfeição

Por diversos Escritores

Para a surpresa de muitos

Foi um dos seus Fundadores

Com Poesias simples estas

Do Tempo Colonial

Belas Trovas estas vindo

Do Reino de Portugal

Tudo isso veio abrir

A Mente de Juvenal

Escreveu a Machadada

Em seguida a Porangaba

Se não descreveu o Indio

Pois jamais andou na Taba

Relatar o que conhece

O desejo nunca acaba

Com ajuda de Amigos

Um Festival de Poesias

Teve o apoio de um Amigo

Antônio Gonçalves Dias

Um Poeta Maranhense

Da Cidade de Caxias

Que muito lhe despertou

A Canção que fez primeiro

Através de alguns Poemas

A canção do Jangadeiro

Lembrando Velhas Jangadas

Do Nordeste Brasileiro

De volta pra Fortaleza

Sentiu mais inspiração

Cantigas de Violeiro

Que dedilha um Violão

Quem ouve belas toadas

Bate forte o Coração

Sendo sua Moradia

No Centro da Capital

Rua General Sampaio

Como é chamada atual

Onde nasceram seus Filhos

Foi uma Alegria total

De Anos Setenta e Cinco

Na Terra passa um Cometa

Suas Filhas estimadas

Juliana e Henriqueta

Pra ele Duas Estrelas

Que Nasceu neste Planeta

Pois em Memória ao Pai

Elas tiveram o ideal

De Reconstruírem a Casa

Foi um Pensamento igual

Inaugurar a Criarem

Belo Centro Cultural

Ficou para a Família

A quem é seu descendente

Revelações do Passado

Que Hoje estar no presente

Recebendo Visitantes

Que chegam do Continente

Vou terminar com prazer

Desempenho o meu papel

Vou declarar o meu Nome

No final deste Cordel

CICERO MODESTO GOMES

Sempre um Amigo fiel

Cícero Modesto Gomes
Enviado por Cícero Modesto Gomes em 10/05/2011
Código do texto: T2960961