IDENTIDADE

IDENTIDADE CAMPONESA

Na labuta da lavoura

Na lida com a criação

O camponês mantém viva

Sua história e tradição

Uma história bem antiga

Muito antes da invasão

O nativo já fazia

Agricultura nesse chão

Plantava mandioca e milho

Hortaliça, erva mate e feijão

Também criava gado

E muitas outras criação

Como vê faz muito tempo

Que começou a construção

Do modelo de agricultura

Que sustenta essa nação

A elite como sempre

Num queria nem saber

Dessa tal agricultura

De plantar prá comer

Foram muitas artimanhas

Pro camponês seduzir

Rotularam de atrasada

A prática que tinha aqui

Apesar das muitas perdas

O camponês resistiu

Foi oprimido até sangrou

Mas da terra num saiu

Muito mais que agricultura

Muito mais que fazer

É identidade

Um jeito próprio de ser

Forjada na lida

Se dá na relação

Quando todos participam

Do processo de produção

Dá milho prá galinha

Toca porco pro cercado

Se diverte com os bezerros

Na lida com o gado

A criança bem pequena

Na mais tenra idade

Brincando e trabalhando

Forja sua identidade

O jovem camponês

Tem motivo pra se orgulhar

Do seu jeito ser

Do seu jeito de falar

Sabe lhe dar com enxada

Domina o computador

Apropriou-se da tecnologia

Pode até ser doutor

Mas somos camponeses

Temos nossa tradição

Desse grande legado

Nos não abrimos mão

Essa tal modernidade

Não nos pode convencer

Mudar nossa cultura

Nosso jeito de ser

Essa é nossa cara

É nossa identidade

Somos camponeses

Aqui ou na cidade

Onde quer que estejamos

Esse é nosso legado

Promoção, protagonismo

Transformação da realidade

Márcio Matos
Enviado por Márcio Matos em 10/05/2011
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