A Verdade fundamental ou A vida não cessa. Autor: Damião Metamorfose.
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Inspirado: em um texto extraído do Livro Nosso Lar, mensagem de André Luiz – psicografada por Chico Xavier.
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Vendo o filme Nosso Lar
Eu um eterno aprendiz.
Em certo ponto parei
Recuei pra ver um bis.
Onde o ator narra um trecho
Que pra mim é o desfecho
Dos textos do André Luiz.
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Senti-me muito feliz,
Quando vi que eu podia.
Transformá-lo em cordel,
Aquela sabedoria.
Feita não por um qualquer,
Mas por Chico Xavier
Numa psicografia.
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No texto o autor dizia:
Que a vida nunca cessa.
Comparando a um grande rio,
Que corre lento ou depressa.
Nasce em gotas numa fonte,
Sai rasgando vale e monte
E o mar é a grande promessa.
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O autor também expressa:
Almas percorrem igualmente.
Por caminhos variados...
Em etapa diferente.
E o saber adquirido
No trajeto percorrido,
Dar volume ao afluente.
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E assim sucessivamente,
Avoluma-se em expressão.
Purifica a qualidade,
No percurso em transição.
Quando encontra o oceano,
Evolui pra outro plano,
Como em uma ebulição.
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Em outra sabia alusão
Diz: que a morte é um jogo escuro
Das ilusões, e é por ela
Que o puro ou o impuro.
Em breve ou longa viagem,
Depois de uma reciclagem,
Ganha as vestes no futuro.
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Velho, jovem ou prematuro...
Percorrem caminhos tais.
Pois seria muito simples
Cerrar os olhos carnais.
Ficar pra uns na memória
E encerrar uma história,
Sem planos celestiais.
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Crendices materiais,
Analfabetos de espírito.
Que não conhece os mistérios
Supremos do infinito.
Crença infantil sem tutano,
Que o simples “baixar o pano”
É o fim, e, o mais... É um mito.
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Aprende a falar bonito,
Forma-se em religião
Letrado em filosofia.
Ostenta alta posição.
Todavia: ainda hiberna,
Ao mister da vida eterna
E a suprema equação.
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Triunfo: uma aquisição,
Uma existência: é um ato,
Um corpo: é uma veste,
Um século; é um dia, exato.
Serviço: é uma experiência,
Morte: um sopro em evidencia
Renovador de um fato.
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Ficaria estupefato,
Se soubesse as existências.
Quantos corpos, quantos séculos,
Triunfos e experiências.
Quantas mortes, quantas vestes...
Sem as respostas celestes,
Calam-se todas as ciências.
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Quantas vidas e vivências,
Quantos atos de desforço.
Mentiras em coletivo,
Leviandade e comborço.
Ouvindo dissertações
Dos cátedras em lições,
Com posturas em estorço.
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É preciso muito esforço
Do homem, para ingressar.
No Evangelho do Cristo
E depois ter que aceitar.
Que tudo que foi escrito,
Que foi lido e que foi dito,
Falta muito pra contar.
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Por isso ao me revelar,
Procuro a anonimidade.
Junto a vós que obedece
A fraternal caridade.
Porque a frágil a maioria
Não vos interessaria
Escutar toda a verdade.
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Usem a coletividade,
Falem o que convier.
E digam que “o espírito
Sopra onde ele quer”.
E agora amigos meus,
Sou grato em nome de Deus,
Voltarei quando eu puder.
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Recolho-me ao mister,
Ao silencio e gratidão.
O amor e o júbilo moram
Na alma de cada irmão.
Crede que guardo comigo
O valor de cada amigo
No fundo do coração.
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Fim
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Que o Senhor nos abençoe.