VIDA DE CORNO

Será que corno tem vida?

Minha avó dizia que não

Só anda mirando o chão

Preste atenção quem duvida!

Com a imagem ferida

Seu andar é apressado

Nos cantos vive calado

Tem filosofia lacônica

Sua dor é coisa crônica

Sem futuro, só passado!

A vida perdeu a graça

Nada lhe traz alegria

Troca a noite pelo dia

Pra ver se o tempo passa

A cortina de fumaça

Só cigarro e depressão

Bate forte o coração

A mente se contamina

A vergonha lhe domina

Um mundo de solidão

A vida perdeu o gosto

Seu paladar é amargo

O peso do novo cargo

Lhe traz um grande desgosto

Com sofrimento no rosto

A penúria é medonha

De tudo sente vergonha

O isolamento é real

A alcunha é fatal

É maligna, é peçonha!

Liquidado e impotente

Por todos escanteado

Vive no mundo isolado

Sentindo-se menos gente

A água é aguardente

Pra curar a depressão

Portanto caro irmão

Corno não vive, vegeta!

O que pensa esse poeta?

CORNO NÃO TEM VIDA NÃO

Poeta de Branco
Enviado por Poeta de Branco em 08/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2957648
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