DESENCANTOS
DESENCANTOS
Tomei banho de água fria,
dormi com roupa molhada.
Chorei na minha agonia,
acordei na madrugada.
Semeei felicidade,
mas só nasceu a saudade
na beira da minha estrada.
Amei e fui esquecido.
Faltou vento ao meu veleiro.
Hoje entrego o meu gemido
ao amigo travesseiro.
Meu jardim não tem mais flores,
aonde foram os meus amores?
Valei-me meu padroeiro!
Levo a vida na pirraça,
tocando meu violão,
mas a canção não tem graça,
não me alegra o coração.
Imperador sem império,
minha vida é um mistério,
um mar de desilusão.