Ode ao papel higiênico.
Autor Daniel Fiúza
17/11/2006
Papel higiênico amigo
que já foi árvore frondosa
dando sombra e abrigo
sendo motivo de prosa
no teu lenho eu me ligo
com celulose famosa.
No teu branco tão suave
na tua suma importância
tua falta causa entrave
aprendi desde infância
se faltar rolo na nave
há grito de intolerância.
Higiênico antes do uso
se tornando imprestável
não se importa com abuso,
pois pode ser reciclável
não é produto obtuso
Pra todos indispensável.
Quem usa o neve é rico
classe média o personal
primavera e tico-tico
na cor de rosa informal
se faltar vai passar mico
tem que usar um jornal.
Higiênico e solidário
vai cumprindo seu papel
sendo assim tão necessário
no momento mais cruel
ás vezes se torna hilário
quando falta num quartel.
Sentar no trono do mundo
ali todo mundo é rei
lendo um livro oriundo
faço a minha própria lei,
mas antes penso profundo
faltou papel, me estrepei.
Papel higiênico surgiu
pra nossa comodidade
famoso como bombril
trazendo a felicidade
o mundo inteiro aderiu
aceitando a sumidade.
O pior e é quando falta
vem pra gente o grande medo
grande aflição nos assalta
e tudo fica em segredo
na prioridade alta
entre você e o dedo.