O CORDEL DA ENERGIA
O CORDEL DA ENERGIA
Luiz Eduardo Corrêa Lima
O tempo passa e todo dia,
se precisa de mais energia.
Energia para coisa boa
e energia para porcaria.
Energia que traz desgraça
e energia que traz alegria.
Energia que cresce as cidades,
mas também destrói suas crias.
Energia que desenvolve
e energia que contraria.
Dos vários tipos de energia
há uns que são muito bons
e outros que são bem pior,
então temos que conhecer melhor.
Tem a tal da Energia Eólica,
que está contida no vento
e dá para usar todo o tempo,
em qualquer situação comum,
com garantia e segurança,
sem causar perigo algum.
Também tem a Energia Solar,
essa é mesmo boa de amargar,
pois parece que nunca vai acabar,
enquanto o rei sol brilhar.
O sol, a nossa estrela imensa,
é mesmo uma dádiva de Deus.
O calor que ele manda ao planeta,
desde o começo dos tempos
é que mantém a vida na Terra
e gera todo nosso alimento.
Das pior, tem a Hidrelétrica,
embora não cause poluição do ar.
É ruim porque destrói a vegetação
e tudo que nela possa se encontrar.
Toda beleza que há na mata,
desde os bichos até as cataratas,
acaba tudo debaixo da água
e a paisagem se transforma.
O que era belo e diverso
fica na água, preso em comporta.
Mas também tem Termelétrica.
Essa tem vários modelos ruins.
Tudo que dá para queimar,
em princípio pode se utilizar.
Mas, carvão, óleo, madeira e gás
costumam ser mais comuns.
Porém, como todas são muito más,
é melhor nenhum delas usar.
As Termelétricas não prestam,
causam degradação de assustar.
Além da poluição do ar,
usam a água sem parar,
para tentar diminuir o calor.
Muito da água desaparece,
pois acaba virando vapor,
o resto dela, ainda quente,
é levada para dentro de um rio,
através de um novo efluente,
que mudará todo seu ambiente.
a quantidade de água é ampliada
e sua temperatura elevada.
prejudicando a vida que o rio tem
e as criaturas aquáticas também.
Mas, não para por aí não.
As Termelétricas são bem pior.
Elas também geram resíduos sólidos,
que não podem ser guardados,
precisando ser transferidos para longe,
para lugares determinados,
onde possa ser garantido,
que eles jamais serão reutilizados.
Mas ninguém sabe direito se isso
é verdadeiro e também se é melhor.
Termelétrica é mesmo muito ruim,
mas tem uma tal de Nuclear,
essa, então é uma desgraça.
a danada da Nuclear é muito pior.
Também não causa poluição do ar,
mas pode matar muito melhor.
Essa serve até para matar gente.
Isso mesmo, gente que nem nós,
gente de tudo quanto é ideal,
Basta aproveitar a Usina para o mal
ou não tratá-la com segurança.
que muita gente pode morrer,
acabando com a toda esperança.
A Nuclear usa metais radiativos,
césio, urânio, plutônio e polônio.
deles se aproveita a tal radiação,
mas a coisa é danada de perigosa,
não havendo como controlar
e qualquer descuido na ação
pode gerar um pandemônio.
Há muitos casos conhecidos
dos problemas causados pela Nuclear,
desde produção de Bombas Atômicas
até doenças crônicas no lugar.
O mundo ainda se lembra da bomba
que explodiu em Hiroshima,
e hoje, lá no mesmo Japão,
acompanha a usina de Fukushima,
Onde já até morreu gente
e a radiação ainda domina.
Mas eu poderia falar aqui
de Goiânia, Chernobyl ou Mururoa,
Pois em qualquer um desses lugares
Morreram gente e organismos à toa.
Nuclear é mesmo um pecado,
é arriscada e dá muito medo.
É melhor deixar ela de lado
e cuidar da Terra e da vida com apego.
Mas então, como fazer,
já que precisamos tanto de energia?
Como vamos arranjar a energia
necessária ao nosso sossego?
Como vamos superar as necessidades
do nosso dia a dia?
É simples, basta pensar numa fórmula,
que não é nada original.
Não há nem porque inventar,
vamos investir em energia eólica e solar,
além de descobrir novas fontes,
desde que mal não venham causar.
Desta forma teremos energia
e a vida no planeta vai continuar.
Então, nossa obra maior será
garantir energia e vida bem melhor.
Rio de Janeiro, 21/22 de abril de 2011.
Luiz Eduardo Corrêa Lima (55) é Biólogo, Professor, Ambientalista e Escritor.
Membro Fundador da Academia Caçapavense de Letras.
Ex-Vereador e Ex-Presidente da C6amara Municipal de Caçapava.