A filha mais nova do patrão II
Eu roubei a menina da fazenda
E saí galopando sem destino
Toda vez que eu beijo essa prenda
Eu me sinto em seus braços um menino
Eu passei minha vida de vaqueiro
Nos rodeios desse chão brasileiro
Com a filha mais nova do patrão
Eu lutei com a força de um guerreiro
Eu ganhei nesse chão muito dinheiro
Hoje eu sou um verdadeiro campeão
Quando eu olho nos olhos da menina
Eu me vejo mais forte ao lado seu
Vejo o brilho de estrelas que ilumina
Todo dia o caminho que é meu
E a noite o luar com seu luzeiro
Ilumina em casa o terreiro
E a gente entoa uma canção
Eu convido os amigos violeiros
Quando acendo no chão o candeeiro
Eu só penso em voltar para o sertão
Eu converso então com a pequena
E a gente faz planos pra voltar
Nosso último dia na arena
Não ficou um vaqueiro sem chorar
Eu peguei meu cavalo e a bagagem
No horário marcado pra viagem
Nós saímos com destino ao sertão
Pensamentos marcados com bobagem
Tento encontrar no peito a coragem
Pra encontrar outra vez com o patrão
Quando o velho ouviu nosso berrante
Esqueceu tudo que aconteceu
Abraçou com a filha num instante
E pro nosso casamento a bênção deu
Convidou os amigos da família
Para a festa do casório da filha
Que havia voltado pro sertão
Hoje somos felizes nesta vida
E pra todo aquele que duvida
Eu casei com a filha do patrão
Renato Brial
15.04.2011