O pardalzinho prisioneiro
Era uma vez um pardalzinho
Que vivia alegre e feliz
No mato onde morava
Sempre fez tudo que quis.
Ao lado dos seus amigos
Corria toda a floresta
Não existia tristeza
Todo dia era uma festa.
O pardal além do mais
Tinha uma bela namorada
Que vivia lhe dizendo
Que estava apaixonada.
Com todo esse carinho
Ficava sempre empolgado
Com a sua companheira
Sabia que era amado.
Porém, um triste dia
Na floresta amanheceu
Um menino tagarela
O pardalzinho prendeu.
Não sabia o que fazer
Nem o que aconteceu
Pois nas grades da gaiola
O seu mundo escureceu.
A pobre criança queria
Que o pardal fosse cantar
Na sala da sua casa
Para sua vida alegrar
E se esqueceu que a floresta
Era o seu devido lugar.
O passarinho, coitado
Começou seu padecer
Todo dia ele chorava
Em vez de cantar no amanhecer
Longe da liberdade
Feliz nunca mais pode ser.
Vive de abeca baixa
Nem para o lado ele olha
Não consegue ver o mundo
De dentro da gaiola.
A criança não percebeu
Que fez um grande mal
Que o amanhecer do dia
Já não era mais igual
Pois no coral da floresta
Faltava a voz do pardal.
A você que é criança
E gosta de passarinho
Deixe ele em liberdade
Nuca prenda o bichinho.
Pois para viver feliz
E todo dia cantar
Ele precisa bater asas
E pelo mato voar.