O pardalzinho prisioneiro

Era uma vez um pardalzinho

Que vivia alegre e feliz

No mato onde morava

Sempre fez tudo que quis.

Ao lado dos seus amigos

Corria toda a floresta

Não existia tristeza

Todo dia era uma festa.

O pardal além do mais

Tinha uma bela namorada

Que vivia lhe dizendo

Que estava apaixonada.

Com todo esse carinho

Ficava sempre empolgado

Com a sua companheira

Sabia que era amado.

Porém, um triste dia

Na floresta amanheceu

Um menino tagarela

O pardalzinho prendeu.

Não sabia o que fazer

Nem o que aconteceu

Pois nas grades da gaiola

O seu mundo escureceu.

A pobre criança queria

Que o pardal fosse cantar

Na sala da sua casa

Para sua vida alegrar

E se esqueceu que a floresta

Era o seu devido lugar.

O passarinho, coitado

Começou seu padecer

Todo dia ele chorava

Em vez de cantar no amanhecer

Longe da liberdade

Feliz nunca mais pode ser.

Vive de abeca baixa

Nem para o lado ele olha

Não consegue ver o mundo

De dentro da gaiola.

A criança não percebeu

Que fez um grande mal

Que o amanhecer do dia

Já não era mais igual

Pois no coral da floresta

Faltava a voz do pardal.

A você que é criança

E gosta de passarinho

Deixe ele em liberdade

Nuca prenda o bichinho.

Pois para viver feliz

E todo dia cantar

Ele precisa bater asas

E pelo mato voar.

Luiza Rosa
Enviado por Luiza Rosa em 23/04/2011
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