COR(PO)DEL(A)
COR(PO)DEL(A)
LU/
Meu lirismo não se cala
Nem no corpo do cordel
Onde tem mulher tem mel
Tem poema até na fala
Se seu corpo é uma flor
É sua alma puro amor
A beleza em si se instala.
Se a beleza em si se instala
Com jeitinho carinhoso
Tem o lábio apetitoso
no olhar ela é poesia
vezes há que tem enfado
mas tudo isso é compensado
com seu corpo que é magia
com seu corpo que é magia
traz no peito um forte ímã
que os poetas tanto mimam.
Tem relevos na baixada
Embora vista calça justa
Há de ser bela e robusta
essa fiel foto falada.
essa fiel foto falada
em verdade nua e crua
A mulher quando está nua
É incentivo à libido.
Mui carente e indefesa
Nem o santo escapa ileso
Fica até com tudo erguido.
Fica até com tudo erguido
tem valores a mulher
No femíneo bem-me-quer,
Quando brinca a gente peca
Nenhum homem não se aguenta
Se não pode ao menos tenta
Fogo apaga da moleca.
Fogo apaga da moleca
Com carinho e muito afeto.
Estrelinhas tem no teto,
enxergar não lhe foi dado.
Viajando nessa orgia
Decorou toda a poesia
mil carícias lado a lado.
Mil carícias lado a lado
Mais queixumes de paixão
Juntos alma e coração
Seu direito universal.
Tanto amor, paixão tão pura
Sem pudor nem armadura
Que os reveste no social.
Afonso Martini
160411