Cordel do Louco
Cordel do louco
Não pense que um quarteto vou fazer
Não quero regras obedecer
Sou louco por confusão
Na minha escrita ninguém bota a mão
Sou fã de Patativa do Assaré
Gosto dele e de mulher
Escrevo assim este cordel
Sem regras e sem papel
Gosto mesmo é de contrariar
Sou escritor pra variar
Minha rima pode ser pobre
Pois não quero ser nobre
Quero agora encerrar
Ver uma morena na beira do mar
Sou poeta da loucura
E desrespeito a ditadura
O meu nome vou falar
Roberto Castro e o dom de amar
Lindas flores de papel
Foi pra vocês Morenas que eu fiz este cordel
Sem regras e com ousadia
Vou brincando neste dia
Que me perdoe os literários
Pela pobreza dos otários
Chega ao fim minha peleja
Agradando a quem deseja
Rimar sem compromisso
É por isso que faço isso.
Roberto Castro
Cordel do Louco
Abril de 1998