Cordel do Louco

Cordel do louco

Não pense que um quarteto vou fazer

Não quero regras obedecer

Sou louco por confusão

Na minha escrita ninguém bota a mão

Sou fã de Patativa do Assaré

Gosto dele e de mulher

Escrevo assim este cordel

Sem regras e sem papel

Gosto mesmo é de contrariar

Sou escritor pra variar

Minha rima pode ser pobre

Pois não quero ser nobre

Quero agora encerrar

Ver uma morena na beira do mar

Sou poeta da loucura

E desrespeito a ditadura

O meu nome vou falar

Roberto Castro e o dom de amar

Lindas flores de papel

Foi pra vocês Morenas que eu fiz este cordel

Sem regras e com ousadia

Vou brincando neste dia

Que me perdoe os literários

Pela pobreza dos otários

Chega ao fim minha peleja

Agradando a quem deseja

Rimar sem compromisso

É por isso que faço isso.

Roberto Castro

Cordel do Louco

Abril de 1998

Roberto Castro
Enviado por Roberto Castro em 14/04/2011
Reeditado em 05/11/2013
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