Quixotes
Nesses campos solitários,
Nesses tempos sem rosário,
Eu me vejo arrependido,
Choro e sofro estarrecido.
Somos todos bandoleiros,
Todos fomos verdadeiros,
São violas, violeiros,
Que nos fazem caminheiros.
Nas estradas vão a pé,
Sem final, sem pão ou fé,
Tentam todos ser poetas,
Buscam todos seus profetas.
Nossos palcos são moinhos,
Cavaleiros sem caminhos,
São Quixotes em degredo,
Sem comida e sem brinquedo.