Festa na seca
O escuro não é trevas
É água que vem do céu
Enxugando meus olhos
Foi-se tristeza papel
Água batendo na terra
Um casamento sem véu
Correndo vai a criança
Abençoando-se n’águas
Chega esquecer os calos
Banhando todas as mágoas
É chuva de alegria
Nas suas vidas tão árduas
Vai cessando toda seca
Abaixando a poeira
Na lama o boi atola
Semeia feita ligeira
O sol fica escondido
É a festa passageira