Festa na seca

O escuro não é trevas

É água que vem do céu

Enxugando meus olhos

Foi-se tristeza papel

Água batendo na terra

Um casamento sem véu

Correndo vai a criança

Abençoando-se n’águas

Chega esquecer os calos

Banhando todas as mágoas

É chuva de alegria

Nas suas vidas tão árduas

Vai cessando toda seca

Abaixando a poeira

Na lama o boi atola

Semeia feita ligeira

O sol fica escondido

É a festa passageira

Vinicius de Oliveira
Enviado por Vinicius de Oliveira em 03/04/2011
Código do texto: T2887741
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