VAZANO PELO PITO

Dotô o qui é quieu faço

Mêo fi tá se acabano

É todo tempo cagano

Já dei o chá do cabaço

Da goiaba o melaço

Caldo de graveto torto

Mai o minino tá rôto

Istá morto denda rêde

Sêco e obrano verde

Tár e quár um gafanhôto.

Ponho aqui, com satisfação, versos delineados pelo recantista Aldemar Alves, cabôco bom de rima.

Dê o ranso de caju

no chêro de aguardente

um taquinho de semente

da rapa de mulungu

é o mais mio tapacu

do presente e do passado

pode tá disinganado

qui adispois muda de tom

se o minino não fica bom

mas morre bem miorado.

Sagüi
Enviado por Sagüi em 03/04/2011
Reeditado em 05/04/2011
Código do texto: T2886539
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.