A LUA, AS ESTRELAS E O POETA DOIDO
Sou um doido matutando
Cá nos pensamentos meus
Se a Lua no céu brilhando
Não seria contra os breus
O candeeiro que Deus
Acende e bota no espaço
Pra jogar luz no terraço
Do olhar dos sonhadores
Outros doidos torcedores
De um mundo menos devasso!
Sou um doido e ao mesmo passo
As estrelas, todas elas,
Assumem no seu regaço
A função da luz de velas
Faiscando mais singelas
Pontilhando o firmamento
Que alumia o pensamento
Desse doido que a granel
De noite admira o céu
Mergulhado em seu alento!
Sou um doido em tratamento
Pra ficar mais doido ainda
Que a doidiça é um acalento:
Deixa a vida bem mais linda!
Minha poesia brinda
E bebe dessa doidiça
De ser doido que se atiça
E viaja doidamente
Nos quase nada que a mente
Não enxerga por preguiça!
João Pessoa, 01/04/2011.