historia de um bairro
José Severino de sena.
Adaptação em cordel por:
Edilson Caitano.
Jose Severino de sena
Aproveitando a ocasião
Apresento-lhes meu nome
Com orgulho e satisfação
Nasci La no Pernambuco
Em vitória de santo antão
Há vinte anos a traz
Deixei meus queridos pais
Viajando pra são Paulo
Saudades? Senti demais!
Chegando a cidade grande
Debaixo de temporais
Aqui encontrei de tudo
Coisas de se admirar
Trabalhei de sol a sol
Chegaram até me roubar
Chorei sentado sozinho
Sem meus filhos pra me consolar
Encostado pela policia
Chamados homens da lei
Obrigaram-me a falar coisas
Que ate hoje eu não sei
Sabe deus o que eles queriam
Vieram às lagrimas outra vez
Hoje aos cinquenta anos
Encontrei esse lugar
Um bairro bem pequenino
O meu jardim Paraná
Que ha mais de quatorze anos
Aqui construí meu lar
No ano de 95
Aqui ninguém tinha nada
Telefone, água, luz.
Asfalto? Nem se falava!
Farmácia, supermercado
Só tinha lama e mais nada
A rua dos trabalhadores
Hoje a Daniel cerri
Era um caminha de pedestre
Que passava bem ali
Saindo do damasceno
Onde tínhamos que partir
A energia que usávamos
Legalizada? Não era não!
Gambiarra que fazíamos
Dos postes do chiqueirão
Era só cair uma garoa
Virava uma escuridão
A água vinha da mata
Da serra da Cantareira
Descia sob preção
Encanada com mangueiras
Nascida do meio das pedras
Presente da natureza
Ainda se fala em lei?
Quando a policia florestal chegava
Acabava com quase tudo
Nossas mangueiras cortavam
Descendo por água a baixo
O trabalho que nos suava
Recomeçávamos de novo
Nosso trabalho tão suado
Andando de trilha em trilha
Naquele matagal danado
Pra matar a nossa cede
E ter nosso feijão cozinhado
Sempre em dois ou três vizinhos
De mata adentro entrava
Passando em frente à gruta
E logo se deparava
Com a velha e sua cadela
Que neste local habitava
Sem ter para quem apelar
Agente era quem sofria
A velha espragueijava
E a cadela nos mordia
Nunca vi coisa tão ruim
Ai meu deus que agonia
Agora não existe mais
E hoje não nos convém
A velha que La morava
Foi morar La no além
E sua cadela malvada
Nunca mais mordeu ninguém
Depois de todo o sofrimento
Tudo agora evoluiu
Chegou energia elétrica
E em nossas torneiras saiu
A água que tanto esperávamos
A bênção de deus aqui caiu
Pra alegria do povo
Uma senhora chegou
E aqui construindo um céu
E nossa rua asfaltou
Marta Suplicy foi à prefeita
Que a nos valorizou
O céu que foi construído
Pra alegria do povo
Foi uma obra divina
E o povo sorriu de novo
Com teatro, musica e dança.
Computação, piscina e jogos.
Vamos falar mais um pouco
Desse jardim Paraná
Onde fizemos amigos
Um povo hospitalar
Lutando e crescendo juntos
E se predispondo a ajudar
Também vou falar um pouco
De um amigo conhecido
Que sempre lutou junto ao povo
Desse jardim Paraná querido
Eu falo bem satisfeito
Do Sr. Antônio Calisto
De uma demanda cruel
Da terra que invadida
Pra resolver o problema
Calisto comprou a briga
Em nome do nosso povo
Foi parar com a justiça
Depois de tudo acertado
Com a justiça e os tais donos
Com documentos nas mãos
Calisto disse compramos
E aos poucos pagaremos
A terra que tanto amamos
Escrito por: “Geraldo”
Adaptação em poemas de cordel
Por: “Edilson Caitano”
Eu vou contar a história
Daqui do Jardim Paraná,
E de todo sofrimento
Do povo deste lugar
Unidos com muita luta
Para o progresso chegar
Quando a chuva aqui caía,
Era aquele lamaçal,
Com os pés sujos de barro
Na garoa, chuva ou vendaval.
Para subir aquele morro,
Até o jumento passava mal.
Quando o sol se escondia,
Era aquela escuridão,
O povo dormia cedo,
Com medo de assombração
Falava de um bode preto,
Berrando na escuridão
Mas o que, mas se falava.
E todos temiam a ela
A velha que habitava
Com as cobras na caverna,
Vamos mudar essa prosa,
Que já esta dando tremedeira nas pernas
Quando o CEU aqui chegou,
Ninguém podia acreditar,
Que foi pelo grande esforço
Da população desse lugar
Calixto erguendo as faixas
Junto com o povo a lutar
Lutamos por uma escola,
Ganhamos um lindo CEU
Água e iluminação,
Telefonia a granel
Asfalto e lotação
Parece um favo de mel
A Avenida Ayrton Senna
Que em santa cruz do monte castelo se transformou
Ganhou um grande presente
O asfalto que por ultimo chegou
Melhorando a caminhada
Desse povo batalhador
Até os macacos nas árvores
Pra onça pintada contaram
O que viram em suas andanças
E do que se apaixonaram
Quando a procissão passou
E as crianças cantaram
Não e mais uma criança
O Jardim Paraná cresceu,
Ainda tem suas faixas
Reivindicando o que e seu
Calixto com nossa gente
Dona Lucy no céu de deus.
Agora vou terminando
E vou embora contente
Deixando meus simples versos,
E a todos agradecendo
Todo esquadrão do CEU
Toda essa gente decente.
AUTOR: JOSELAINE
O que eu quero fazer
Aqui na biblioteca
É um profundo estudo
Falar das bonitas festas
Do santo que é João
E para mim nada mais resta
Tem livro de todo jeito
Que eu possa pesquisar
O folclore brasileiro
Está em primeiro lugar
O Brasil de sul a norte
Bem no Jardim Paraná
A nossa comunidade
Tem acesso à informática
Têm outros fazendo música
Com carinho e boa prática
Inventando poesia
Prosseguindo a temática
Brasilândia era ruim
Antes nela nada tinha
A criançada na rua
A mãe em casa sozinha
Esperando o dia inteiro
O filho que nunca vinha
Com esforço e muita luta
Para nós chegou o CEU
Assim como uma nuvem
Cobrindo-nos como um véu
Quem valoriza o que é bom
Vê e tira o chapéu
As crianças têm escola
Para sua educação
Os professores que vêm
São de qualificação
Para nossa felicidade
E muita satisfação
Tem creche o dia inteiro
Pra das crianças cuidar
Com hora pra tomar banho
E hora pra se alimentar
Professor com formação
Em de crianças cuidar
Tem teatro e cinema
Pra nossa rapaziada
Tudo aqui hoje tem
Mas antes não tinha nada
Foi grande a evolução
Aqui na nossa quebrada
AUTOR: IVANILDE
Num morro da Brasilândia
Onde era só ruína
Tem filhos de lá trovando
Sendo bem fiel na rima
Quem não aprende em casa
Com certeza o mundo ensina
È no Jardim Paraná
Onde o povo não faz guerra
Onde se vê a beleza
Que está plantada na terra
Este lugar transformado
Para ser o que não era
Onde era só ruína
Tem muita gente que diz
Criou-se aqui um CEU
E oficinas de aprendiz
Quem gosta de evolução
Está vivendo feliz
Só quem não sabe o que é bom
Pra ele nada lhe resta
Olha esse movimento
Lamenta-se e protesta
Blasfema até de Deus
Dizendo que nada presta
Num morro da Brasilândia
Bem no Jardim Paraná
Onde era um lixão
Hoje dá gosto se olhar
É um centro unificado
Pra todo povo estudar
Neste Jardim tem um CEU
Onde era um matagal
As mães de lá já trabalham
Pois tem período integral
As criancinhas aprendem
Marchinha de carnaval
No céu que caiu na terra
Nas ruas não tem sujeira
Tem oficina de tênis
De música de capoeira
É uma escola completa
Nosso centro é de primeira
Meu filho diz “ô mamãe”
Eu não vou ficar na rua
Vou estudar um pouquinho
Que a realidade é crua
Quem não estuda, nem lê.
Na vida má continua
Quem não estuda não tem
Jeito para trabalhar
E o nosso céu está aí
Pronto para ajudar
Tem um grande tele centro
Para informatizar
As coisas que estou falando
Não ficam lá na Tailândia
É no Jardim Paraná
Que não é lá Finlândia
Fica o centro unificado
Num morro da Brasilândia
OFICINA DE CORDEL BIBLIOTECA C.E. U PAZ
IDEALIZAÇOA: “RAQUEL ABDALA”
CRIAÇÃO DE: ”EDILSON CAITANO DA SILVA”
ADAPTAÇAO EM POEMAS DE CORDEL DE: “JOÃO DO NASCIMENTO” E “EDILSON CAITANO”
Com licença meu senhor
Permita-me uma informação
Não sou polícia e nem repórter
Sou apenas um cidadão
Que com toda humildade
Venho pedir-lhe atenção
Minha atenção eu lhe dou
Mas antes eu vou lhe falar
Não tenho medo de polícia
Nem de repórter a filmar
Pois trabalho honestamente
Pra não precisar roubar
Perdoe-me meu senhor
Se eu fui mal entendido
Pois sou um grande escritor
E estou aqui com os meus ouvidos
Para ouvir a grande história
Desse povo tão unido
Pois vou lhe contar um pouco
Do que conheço daqui
Sou um filho do nordeste
Igual muitos por aqui
Para morar neste lugar
Tu não sabes o que eu sofri
Quando eu aqui cheguei
Neste bairro nada tinha
Era um lamaçal danado
Nem a negócio se vinha
A gente pra estudar
Só nas escolas vizinhas
Hoje tudo melhorou
Tem o CEU em nossa frente
Teatro música e dança
Está faltante é quem frequente
Temos a paz na terra
Um céu que caiu pra gente
Depois que cheguei aqui
Foi grande a evolução
Graças a Deus nosso povo
Praticando a união
Só falta agora mostrar
A tal da conservação
Pra conservar nossa rua
Limpa como uma estrada reta
Por o lixo para fora
Somente na hora certa
Tudo aí fica bonito
E na rua tudo presta
Aqui no lugar do CEU
Desempenhei meu papel
Jogando bola num campo
Em frente ao seu Manoel
Que era o dono do bar
Que hoje é do Maciel
Nesse lugar abençoado
Se deu formações de grupos
A banda Camarim quatro
Um grupo de atitude
Que tem o seu nome dado
Sempre em forma de virtude
Aqui vou me despedir
Já contei a minha história
Meu abraço, meu carinho.
Pois está chegando à hora
Já está escurecendo
E Preciso ir embora
Textos de Paulo Jose da silva adaptado em poemas de cordel por Edilson Caitano da silva
Só observando
Sentado em minha calçada
Fico só observando
Os carros que sobem e descem
pessoas que vão passando
Alguém que caminha rápido
Outro devagar andando
Motoqueiros empinam as motos
Outro cavalo de pau
Assim como eles falam
Agora vou dar um grau
Mostrando para as meninas
Que dizem nada mal
É uma rua pequena
Com grande movimentação
Passa todo tipo de carro
Ainda não passa buzão
Depois da rua asfaltada
Precisa prestar atenção
Porem alguns que não tem
Respeito e educação
Seja de carro ou de moto
Desce na rua a milhão
Numa carreira danada
Que estremece ate o chão
Com excesso de veículos
Que em toda são Paulo tem
Aqui no jardim Paraná
Ficou movimentado também
Tem muitos carros nas ruas
Mas a consciência e sua
Pra não atropelar ninguém
Daqui eu consigo ver
Em frente à associação
Os moleques jogando bola
de vez em quando um cai no chão
Logo em seguida levanta
Pronto pra mais um empurrão
O bar do Zézão sempre cheio
Tocando um alto som,
De vez em quando uma briga
Sempre envolvido um bebão
Esta é a Avenida Airton Sena
Que esta em transição
Santa Cruz do Monte Castelo
Agora vai se chamar
Esta mudando de nome
Mas o povo não mudara
O bairro continua o mesmo
O meu jardim Paraná
Um jardim que aqui cresceu
Junto com o povo a lutar
Tem escola, padaria e supermercado.
Aqui no jardim Paraná
Que cada dia que se passa
Fica melhor de morar
No começo da ladeira
Temos um point de parada
Para quem esta subindo o morro
Tomar uma água gelada
A doceira da Cirleide
Tem Deliciosos sorvetes
Pra alegria da rapaziada
Em frente o Bar da Marluce
Há uma grande produção
Lindas roupas de bonecas
Que a tia faz com satisfação
Tudo ali fica juntinho
Da a mercearia do baixinho
E o deposito de material de construção
Aqui tem um grande comercio
Um grande supermercado
Que tem muito movimento
Só não sei se vende fiado
Estou falando do mesmo
Mercadoria a esmo
no mercado do Reginaldo
O salãozinho da Tereza
Tem muitas utilidades,
É oficina de costuras
Doceira e também garagem
Ali ficam as fofoqueiras
Falando da vida aleia
E olhando os rapazes
Outros pontos de comercio
Tem aqui neste lugar
Tem a lojinha da Leda
E o mercadinho Popular,
Sem contar o João do milho
Puxando o seu carrinho
Anda em todo lugar
Em frente à associação
Você pode observar
O gaguinho ali sentado
Olhando o povo passar
Mas quando aparece um bico
Vai correndo trabalhar
Agora por sua vez
Tem o maranhão da Cida
Que faz serviço em geral
Pedreiro e eletricista
Tudo aqui tem pra valer
Trabalho de dar na vista
O Senhor Antônio Calisto
É um grande cidadão
Que sempre trabalhou duro
Frente à associação
Conquistou muitas melhorias
Com prazer e alegria
Em beneficio da população.
Eliane é uma moça bonita
Que tem um bom coração
além de ser evangélica
Tem uma ótima educação
Estuda e trabalha muito
Esta fazendo de tudo
Pra comprar o seu carrão
Aqui dou meus parabéns
A essa família exemplar
Seu Damásio e dona liam
Daqui do jardim Paraná
Que educou sua linda filha
Para o futuro enfrentar
Vou falar de uma mulher
Daqui do Jardim Paraná
ela é uma pessoa boa
Vocês podem acreditar.
O nome dela é Dona Graça.
Que mora ha tempos por Ca
É uma pessoa muito alegre
Esta sempre dando risadas
Colocava caixas de som na laje
E sentava na calçada
Batendo papo com os amigos
E cuidando da criançada
Vou falar de uma senhora
De uma grande simpatia
Recebe bem todo mundo
Sempre com muita alegria
Ha muito tempo a conheço
Essa e uma mulher de fibra
Dona Rosa é uma pessoa
Que é conhecida por todos
desde as pessoas mais velhas
Até os meninos mais novos
Sempre de braços abertos
Para ajudar o povo
Seja homem ou mulher
Ela dar toda atenção
ela ajuda como pode
Em qualquer situação
É uma mulher que carrega
Sempre Deus no coração