DEU ERRADO DEMAIS!

Depois da primeira vista

Onde tudo deu errado

Outra chance de conquista

Surge para o conquistado

Na segunda vez que os dois

Trocam abraços e “ois”

Ele monta um argumento

E derrama sobre ela

Numa forma bem singela

Dizendo seu pensamento:

- Moça de brilho ofuscante

Sentada naquela mesa

Não me olhasse um instante

Fazendo por malvadeza

Qu’eu deixasse a gentileza

Para ali lhe perturbar

Pois querendo seu olhar

Acabei sendo insensato;

Moça, juro, eu só fui chato

Pra você me reparar!

Derna então daquela noite

Onde eu só soube teu nome

Que procuro a todo acoite

Saber do teu telefone

Pois moça, vou ser sincero

Derna de lá eu só quero

Saber mais quem é você

Pois beleza como a sua

Nunca avistei na rua

Só apenas na TV!

Mas não pense aqui com isso

Qu’eu esteja aqui mentido

E que nesse reboliço

Queira estar lhe iludindo

Que só quero, dona moça

Branca boneca de louça

Do sorriso encantador

Fazer você consciente

Que daquela noite em frente

Sou seu admirador!

E agora qu’eu já disse

Tudo que tinha a dizer

Tou vendo que tu não visse

Graça no bem querer

E que o teu rosto só passa

O quanto tu tá sem graça

Querendo se enterrar,

Porém não se aperrei

Que o que fiz, desfarei.

É assim, vou lhe explicar...

Mode nós dois evitar

Tua pele avermelhada

Testemunha a delatar

Uma alma envergonhada

Vamos aqui acertar:

Quando a gente se encontrar

Noutra noite inesperada

Façamos o que nos cabe

Você finge que não sabe

E eu que não lhe disse nada!

João Pessoa, 27/03/2011.