UM VULCÃO NO SERIDÓ
(trechos do cordel)
01
Ouvi um noticiário,
Um vulcão no Seridó!
Deixando o povo assombrado
Na face daquele pó,
Um desassossego profundo;
Uns pregando fim de mundo
Lembrando o tempo de ló.
Resolvi a escrever
Dentro do cotidiano;
Mostrando o que acontece
Desde a Terra ao oceano;
È Saturno fazendo guerra
Porque é mau com a Terra
E contrario ao gênero humano.
Eu que vivo pesquisado
Essa imensa redondeza;
Prevendo tudo da terra,
Dos astros da natureza
Pesquisando os planetas,
Tremor de terra e cometas
Pesquiso e tenho certeza.
02
Eu estudei pesquisando
Saturno o Sol e a Lua!
Os segredos planetários
Que no astral continua,
Com a Terra em movimento
Precisa ter conhecimento
De toda influencia sua.
Baseado nas pesquisas
De estruturas letradas,
Inspiração filantrópica
Profundamente estudadas
Com ótimos conhecimentos
Mostro os acontecimentos
Das causas fenomenadas.
Eu resolvi explicar
Todo esse acontecido;
Essa quentura intermitente
Um vento desconhecido
Políticos perdendo plano
Tudo acontece no ano
Que por saturno é regido.
03
Quando Saturno domina
Em alguma coisa se aferra;
Ou o ano é seco demais
Ou chove desabando serra,
Saturno é muito infiel
Se ele abrisse aquele anel
Vinha, acabava com a terra.
Saturno no seu dominio
Na chegada ou na saída;
Ele tem que apresentar
Sua força evoluída,
Estrondando pela serra
Abrindo vulcão na terra
È sua, exata medida.
Saturno com seus fenômenos
Sacode atritos no mundo;
Desunião, guerra, morte
Abalamento profundo,
Sinais no céu , maremotos,
Abalos e terremotos
Que deixa o povo iracundo.
04
Saturno é transformante
Cheio de apresentação;
No comercio, na industria
E sobre mineração
Que tem na terra escondida,
Ele abre novas jazida
Trazendo nova instrução.
Renova os passados velhos
Das mais antigas erosões;
Desde o oceano a terra
Ele faz transformações,
Nas correntes caudalosas
E pelas serras escabrosas
Ativa os velhos vulcões.
Estrondos em Posso Velho
Já houve a séculos passados;
Serra Preta e Cabugi
São os pontos indicados
Que a mais de quinze milhões
De anos, pelos os vulcões
Foram vilipendiados.
(...)
(Continua...)
1a. Edição/julho de 2005.
AUTOR: José Saldanha Menezes Sobrinho ( Zé Saldanha) – nascido em 23 de fevereiro de 1918, aos 93 anos, é atualmente o Cordelista mais velho do Rio Grande do Norte, em Plena Atividade
ENDEREÇO: Recanto do Poeta ( zesaldanha@hotmail.com )
Rua Irineu Jóffili, 3610, esquina com Rua Piató -Candelária -Natal(RN)
Pesquise no Google: Cordelista Zé Saldanha