Anarfa tudo bem, mais besta não sô

Nunca mi dei pur letrada

Deus mi livre déssa pose

Qui acho, num tá cum nada

Só sai graceju nus crose

Eu assumo o que mi farta

Nemqui um raio mi parta

Mi conhece, o Luiz e a Rose.

Inté mi acho anarfabeta

Mais di besta não me faço

Vergonha mi encabresta

Num tenho zóio na testa

Mas sei a lei dêssi ispaço.

Num sabe? Vá aprendê!

Mas num minta que é feio

Num importa num sabê

Feio é fazê só rodeio

Si nus finár dá pra vê

Qui us papo dêssis tetê

Desminte em cada letrero.

Da coisa num falo mái

Que já cansei a munheca

Si balança um dia cai

Sarta-sarta a perereca.

Tac-tac nu tecrado

E meus zóio lacrimado

Pelus isforço adoidado

Digo um xau e vô mimbora

Sêji lá pra Pirapora

Ô pros lado du serrado!

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 23/03/2011
Código do texto: T2865088
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