MADRUGAGA
(Quadrão)
Era Madrugada fria
A Lua já se escondia
Pois já clareava o dia
A estrela que piscava
Também a luz apagava
Prenunciando o Sol
Que nos traz luz e calor
Pra cidade que acordava
Não terá visto o amigo
O planetinha colorido
Ou seu cantar ter ouvido
Saudando o outono
Chegando ainda com sono
Preparando com prazer
O melhor entardecer
Para alegrar o seu dono?
Me encontrava num pesqueiro
Cunhado por companheiro
Quando caiu o aguaceiro
Eu banhava minha isca
Pois o peixe nem bilisca
Mas estava em comunhão
Com toda a imensidão
Quando avistei a faísca
Vinha daquele campinho
de gramado mais verdinho
Celeiro de passarinho
Era mais que um clarão
E como tiro de canhão
Sacudiu esse lugar
Me deu até mal estar
Disparou o coração
Em seguida veio um vento
Que nos trouxe mil tormentos
pois soprava violento
Varreu tudo à sua volta
Para a mente rédea solta
A idear mil conjecturas
Procurei uma armadura
Pra proteger minha revolta
Mais tarde eu vou voltar
Pro resto da história contar
Pois eu tenho que trabalhar
E o chefe não perdoa
Vai me chamar de à toa
Um castigo me aplicar
Ou do salário descontar
Não vou ficar numa boa!
E vejam só quem veio abrilhantar a página deste aprendiz:
O grande Poeta Miguel Jacó. Obrigado pela interação!
Já entendi o contexto
Desta sua narrativa
Pra uma vida cativa
De um bom trabalhador
Tentando evitar a dor
de uma injusta causa
Sua estória não contou
Simplesmente adiou.
Miguel Jacó