BRINDES DE DEUS

Autor: Zé Saldanha

A brisa fria, alegre, iluminante,

É bom sentir em qualquer parte,

Dar força ao amor, protege a arte!

Sendo frio demais é atacante.

Eu venho das belíssimas amplitudes

Dos horizontes atraentes e dourados,

Cintilantes, bonitos e azulados

Estendidos nas grandes longitudes!

E as torres com as suas altitudes

Enfeitando o lado do poente:

Recortada, bonita e florescente,

São os brindes de Deus e as virtudes!

Eu venho das nuvens agrupadas

Estendidas por toda a região!

Da chuva, dos relâmpagos, do trovão,

Quando as nuvens detêm e são chocadas.

O arco-íris, um brinde dos astrais,

Diadema de Deus celestial:

Multicores visando no astral

É um segredo das coisas divinais!

Refrigerando as faces deste solo

Nas amplitudes das grandes regiões,

Abastecendo com suas formações

Aquecimento necessário em cada pólo.

Sem calor toda planta fica erma!

Aquecimento, dar vida e cor aos vegetais;

Mas se vier calor demais

É certeza que a planta também queima.

Venho das ermas amplidões da noite

Que estende o seu manto pardacento;

Trazendo medo, fenômeno e assombramento

Que se alarga na terra e faz pernoite.

Derramando seu torgo quase preto

Os passarinhos se escondem nas folhagens;

Agitam-se os animais selvagens

E penetram nos montes com despeito!

Venho das amplitudes cortinais

Das esplêndidas belezas de Diana;

Linda deusa, bonita, soberana

Que derrama seus brilhos divinais.

Iluminando espelunca, serra e monte,

E a terra se torna sorridente,

Sua brisa surgindo alegremente,

São as grandes belezas de Creonte!

AUTOR: José Saldanha Menezes Sobrinho ( Zé Saldanha) – nascido em 23 de fevereiro de 1918, aos 93 anos, é atualmente o Cordelista mais velho do Rio Grande do Norte, em Plena Atividade

ENDEREÇO: Recanto do Poeta ( zesaldanha@hotmail.com )

Rua Irineu Jóffili, 3610, esquina com Rua Piató -Candelária -Natal(RN)

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