UMA FORTE DISCURSSÃO DE UM POLITICO DO PT COM UM TRABALHADOR DA ROÇA

TRECHOS DO CORDEL

(01)

Um político do PT

Disse: meu partido é justo:

Eu falo de fronte erguida,

Digo a verdade sem susto:

Defende o trabalhador

Protege e combate o custo.

Um trabalhador maltrapilho

Roupa suja, pé no chão,

Disse para ele: eu discordo

Desta sua opinião!

Partidos são patrimônios

Dos políticos da nação.

P. Qual a classificação

Que você tem certamente,

Para formar discussão

Com político consciente?

Você sabe é catar lixo

E biritar aguardente.

T. Eu me sinto consciente

Do que vi e estou vendo;

Que aconteceu no passado

E continua acontecendo

Político pra ganhar pleito

É mentindo e prometendo.

(02)

P. Caro amigo eu estou vendo

Que seu assunto é grosseiro;

De política não conhece

O mais pequeno roteiro,

Vem atacar quem defende

O trabalhador brasileiro.

T. Vou lhe dizer cavalheiro

Da minha cara pra sua;

Foi o PT quem jogou

O trabalhador na rua,

Deu-lhe um direito sem força

E a desgraça continua.

P. Amigo esta frase sua

Eu não posso obedecer;

Todo direito tem força

E conforto pra defender,

Porém o trabalhador

É ruim de se entender.

T. O trabalhador pra viver

É dando um murro danado;

Só em época de eleição

Por o político é abraçado,

Porém depois do voto

Todo direito é negado.

(03)

P. Você é muito atrasado

E desconhece o valor;

Me dizer que o PT

É contra o trabalhador,

No mundo inteiro o PT

Do trabalhador, é defensor.

T. O nosso trabalhador

Do campo da agricultura,

O PT bateu errado

Estragou nossa fartura,

E jogou o trabalhador

No vale da desventura.

P. O PT dá cobertura

A todo trabalhador,

Você diz que na agricultura

Ele foi expulsador,

Você vai explicar isso

Com fundamento e valor.

T. De modo superior

Darei a explicação;

PT é lei do trabalho

São os pais da inflação,

Pois inimizade, sobre

O morador e o patrão.

(04)

P. PT é contra a inflação

Repare o que vai dizer;

Se me vier com mentira

Até julgado vai ser,

Se compromete a proso

Para aprender a viver.

T. Para o senhor me entender

Me escute um minutinho!

Para todos me ouvirem

O que vou dizer sozinho,

Se eu não for realista

Castiguei meu desalinho.

P. Concedido um minutinho

Para o seu depoimento;

Se você não aprovar

Nem um acontecimento,

Pode até ser castigado

Todo seu atrevimento.

T. Dentro do meu conhecimento

Nas fazendas do Brasil;

De patrão e moradores

Era importante o perfil,

Tudo junto trabalhando

Para a produção fértil.

CONTINUA...............

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1a. Edição: fevereiro/1996

AUTOR: José Saldanha Menezes Sobrinho ( Zé Saldanha) – nascido em 23 de fevereiro de 1918, aos 93 anos, é atualmente o Cordelista mais velho do Rio Grande do Norte, em Plena Atividade

ENDEREÇO: Recanto do Poeta ( zesaldanha@hotmail.com )

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