Que os fanáticos me perdoe, em voga o ecumenismo.

I

Não me façam alusões

De religião ou crença

Pois eu tenho os meus credos

Que já me dão a sentença

De segui-los pela vida

Na minha paz divertida

Que me dá muita sabença.

II

Eu nunca peço licença

Aos santos ou entidades

A minha crença é em Deus

Meu Deus de tantas bondades

Mesmo O levando a sério

Não me ligo em ministério

Nem panfleto as cidades.

III

São muitas diversidades

De crença e de opinião

Esbarra em um toco ali

É uma religião

Um homem monta a igreja

Com o microfone festeja

Sempre estirando a mão.

IV

No seu primeiro sermão

Em contato com o povo

Pedindo sempre ajuda

Fala de evangelho novo

“Dízimo é fundamental”

Ali vira catedral

Começa tudo de novo.

V

Mas nada disso eu aprovo,

Nem condeno; quem sou eu?

Sou só um filho de Deus,

Não descendo de judeu.

Com o meu credo insisto

A qual quer coisa resisto

Não me considero ateu.

VI

Também não sou fariseu

Vivo com os pés no chão,

Não condeno o meu próximo

Nem a sua religião;

Eu condeno o fanatismo,

Vejo bem o ecumenismo,

Mas sigo o meu coração!

VII

Faço a minha oração

De maneira bem singela,

Não tem hora nem lugar,

Nem catedral nem capela,

Nem encruzilhada perto;

Pode ser num campo aberto

Ou pode ser na janela.

Zé Salvador.

Zé Salvador
Enviado por Zé Salvador em 17/03/2011
Código do texto: T2852996
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