NATAL 400 ANOS
TRECHOS DO CORDEL...
Autor: Zé Saldanha
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Quisera que Deus me desse
Conhecimento e certeza,
Para escrever a grandeza
Que nossa Natal merece,
A minha vontade cresce
Mas me falta inspiração,
Digo assim pra ter perdão
Dos natalenses leitores,
Que são donos dos primores
Que chamamos educação.
Lutamos constantemente
Pela certeza real,
Do fundador de Natal
Quem foi ele realmente?
Tem dúvida até o presente
Devido as fortes resenhas,
Nas lutas das desempenhas
Nos disse um certo escritor:
Que o nobre fundador
Foi o Senhor Mascarenhas.
Existe outro ideal
Que Jerônimo de Albuquerque,
É quem representa o cheque
De fundador de Natal,
No conto intelectual
Dos livros dos escritores,
Dos nobres pesquisadores
Nos mostra a força do braço,
De João Rodrigues e Colaço
Também um dos fundadores.
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Pode colocar o porte
Desses três batalhadores,
Que foram os três fundadores
Do Rio Grande do Norte,
Na luta tremenda e forte
Do tempo colonial,
No grande potencial
Da ocupação holandesa,
Nos confundiu a certeza
Do fundador de Natal.
A batalha holandesa
Com os índios primitivos,
É triste ler-se os arquivos!
Chora até a natureza,
Olhando os índios em defesa
Da pátria não se desterra,
Entraram todos na guerra
Lutando na defensiva,
Na defesa positiva
Pela sua própria terra!
Albuquerque fundamental
Com a pacificação,
Vendo dos índios a razão
Com seu intelectual,
Da fortaleza Natal
Ele foi observante,
Porém já tinha mandante
Segundo Câmara Cascudo,
Mascarenhas sobre tudo
Foi o primeiro comandante.
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Mascarenhas um capitão
Da ordem superiora,
Da quadra colonizadora
Percorreu com precaução,
Água, floresta, extensão
Do Rio Grande do Norte,
Palmilhou tranqüilo e forte
Às margens do Potengí,
Voltava certo dali
Pra fortaleza do Forte.
Há poucas realidades
Das certezas de Natal,
Quem fundou a capital
Teve possibilidades,
Nas remotas antiguidades
Seus trabalhos veteranos,
Fortes, bons e soberanos
Que mostram suas disputas,
Entre trabalhos e lutas
Já faz quatrocentos anos.
Esta Natal de meus sonhos
Digna de tantas nobrezas,
Suas praias tem belezas
Com seus imensos tamanhos,
São preciosos seus banhos
Nos veraneios praianos,
Dos dias cotidianos
Praia bela e colossal,
Que são curtidas em Natal
Já a quatrocentos anos...
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Natal de Câmara Cascudo
Capital risonha e bela,
Ele teve amor por ela
Amou Natal sobre tudo,
Onde empregou seu estudo,
Suas idéias e seus planos,
Nós somos cascudianos
De amor puro a Natal,
Nossa linda capital
Já tem quatrocentos anos...
Natal é a capital
Mais atraente do mundo,
Porque tem amor profundo
E tem beleza natural,
E quem visita Natal
Sente amores soberanos,
Já volta levando os planos
De visitar outra vez,
Esta capital que fez
Os seus quatrocentos anos...
Ver a fortaleza do Forte
E o Pico do Cabugí,
As águas do Potengí
Do Rio Grande do Norte,
O Machadão do esporte
Jogadores veteranos,
Forte dos americanos
A barreira do Inferno,
Do nosso Natal moderno
Nesses quatrocentos anos...
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Observando o Potengí
Praia do meio e redinha,
Cedo pela manhãzinha
Ou nas tardes de poti,
Sente as belezas dali
Dos nossos cotidianos,
Nessas datas sem enganos
Que Natal já concluiu,
Passaram que ninguém viu
Esses quatrocentos anos...
As águas do Potengí
Numa tarde ensolarada,
Ou em noite enluarada
Agente passando ali,
Sente o coração sorrir
Nesse Natal de Arcanos,
Dos risos parnasianos
Natal alegre se impulsa,
Até Jesus se debruça
Nesses quatrocentos anos...
Conhecer os nossos teatros
Nossos cinemas também,
As nossas praias que tem
Bondade dos idólatros,
O clima, o vento e os astros
Nossos verdes oceanos,
Com seus brilhos lusitanos
É o nosso mundo ideal,
As belezas de Natal
Nos seus quatrocentos anos...
CONTINUA...................
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AUTOR: José Saldanha M. Sobrinho ( Zé Saldanha) – nascido em 23 de fevereiro de 1918, aos 93 anos, é atualmente o Cordelista mais velho do Rio Grande do Norte, em Plena Atividade
ENDEREÇO: Recanto do Poeta ( zesaldanha@hotmail.com )
Rua Irineu Jóffili, 3610, esquina com Rua Piató -Candelária -Natal(RN)
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