NA CORRENTEZA DA VIDA


Da distância à incerteza
Não há muita diferença
Por isto a correnteza
Nos arrebata à descrença
E a incredulidade
Torna-se muito maior
Se pensarmos em lealdade
Que com certeza é pior.

Se alguma vez viajarmos
Pela imaginação
Com certeza embarcaremos
Para uma só direção
Sem direito a salva vidas
E sem sabermos nadar
E em águas poluídas
Iremos desembarcar.

Feliz de quem consciente
Segue por terra e não mar
Para dizer o que sente
Sem deixar-se dominar
Porque pela imensidão
Que iremos percorrer
Sem ouvir a tal razão
De certo vamos sofrer.

Por isso melhor deixarmos
Que a tal desilusão
Ande no mesmo compasso
E sempre na contra mão
Porque jamais os caminhos
Poderão ser paralelos
Apenas cruza destinos
E nunca com avisos prévios.


Brasília,15/03/2011